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Negociadores da COP21 abrem trabalhos com homenagem

Os delegados dos 195 países encarregados de negociar um projeto de acordo sobre o clima iniciaram seus trabalhos neste domingo, no centro de convenções Le Bourget, com um minuto de silêncio em memória às vítimas dos atentados de 13 de novembro em Paris.

"Está em suas mãos ter sucesso, e tenho certeza de que conseguirão", disse o presidente da conferência climática anterior, o ministro peruano do Meio Ambiente, Manuel Pulgar Vidal, na abertura da sessão.

"A melhor forma de honrar a memória dos que morreram, vítimas de bárbaros ataques, é levar adiante aquilo com o que estamos comprometidos", completou o copresidente das negociações, o argelino Ahmed Djoghlaf.

A França decidiu manter a cúpula, apesar da tensão no país, que se encontra sob estado de emergência. Desde os atentados do 13 de novembro, o governo francês proibiu todas as manifestações e impôs detenção domiciliar a centenas de suspeitos de radicalização.

Reflexo desse clima, a embaixadora da Venezuela na União Europeia, Claudia Salerno, que lidera a delegação de seu país na COP21, pediu a palavra para denunciar a dificuldade dos delegados para chegar à sala.

"Há muita gente lá fora", disse Salerno, que reclamou por ter esperado "20 minutos" até poder entrar, porque os serviços de segurança "não estão deixando as delegações passarem".

Após a homenagem às vítimas dos atentados, o ministro francês das Relações Exteriores e presidente da COP21, Laurent Fabius, declarou que "a gestão do nosso tempo será essencial" e "será necessário que nos permitamos avançar a cada dia".

"Eu me permito contar com vocês para negociar e construir compromissos a partir das próximas horas", disse ele aos chefes das 195 delegações reunidas no Bourget para uma breve sessão de trabalho.

"Se quisermos invocar o pseudo milagre da última noite, temo que esta não seja uma boa solução", advertiu Fabius, referindo-se às conferências precedentes sobre o clima, que, em geral, prolongaram-se além do tempo estabelecido para as discussões.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, já partiu de Washington rumo a Paris para participar da conferência, com a esperança de obter um acordo para deter o aquecimento global.

"Sou otimista sobre o que podemos realizar porque tenho visto os Estados Unidos fazer progressos incríveis nestes últimos sete anos", escreveu Obama em seu Facebook antes de tomar o avião.

Esta cúpula é "a oportunidade de ser solidário com nosso aliado mais antigo, apenas duas semanas após os ataques selvagens cometidos lá".

Após os atentados de 13 de novembro, que deixaram 130 mortos na região de Paris, Obama foi o primeiro líder a confirmar sua participação na conferência sobre o clima.

"Também é uma oportunidade para o mundo de mostrar união e que não renunciaremos a construção de um futuro melhor para nossos filhos".

 

 

G1

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