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Nero ou Deus?

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Separar a realidade da ficção, em relação às fontes antigas, que relatam os tirânicos atos de Nero, pode parecer impossível. Porém, escritos de alguns historiadores como Tácito, Suetônio e Dião Cássio, nos fazem crer que seu reinado foi, além de tirânico, extravagante.

No decorrer do seu reinado, que teve início no ano 54, Nero foi condescendente com as classes baixas, uma obsessão por ser popular. Tentou revogar em parte todos os impostos indiretos, mas foi convencido pelo Senado de que essa atitude seria extrema. Como solução, ordenou que os impostos fossem reduzidos quase pela metade. Ainda, dentre outras ações, restringiu o preço das fianças e das multas e limitou os honorários advocatícios.

A partir do ano 62, começaram as tensões entre Nero e o Senado. No ano 63, as primeiras crises econômicas chegaram ao Império. No mesmo período, Nero executou uma série de rivais com o objetivo de consolidar seu poder. Seu plano de consolidação incluía também usurpar progressivamente as prerrogativas do Senado. Em meados do ano 64, ocorreu um incêndio em Roma que devastou a cidade. Segundo Suetônio e Dião Cássio, foi o próprio Nero que o causou, e, enquanto Roma ardia, Nero estava cantando e tocando harpa.

Atualmente, na Venezuela, não é difícil separar a realidade da ficção. Muito embora pareça ficção, os atos do Presidente são reais. Hugo Rafael Chávez Frías, nasceu em 1954, 1900 anos depois de Nero ascender ao trono de Roma. O político e militar venezuelano foi eleito presidente em 1998, com uma campanha centrada em promessas de ajudar a maioria pobre do país.

Sob o pretexto de combater as doenças, o analfabetismo, a desnutrição, a pobreza e outros problemas sociais, Hugo Chávez implantou as chamadas missões bolivarianas. Como fruto desta sua política assistencialista, obteve enorme popularidade, dando-lhe a condição de fundir vários partidos de esquerda venezuelanos, transformando-os no PSUV, centralizando o poder e controlando a Assembléia Nacional, o Tribunal Supremo de Justiça, o Banco Central e a indústria petrolífera.

Com o início de uma profunda crise financeira e um colapso no sistema energético nas mãos, por falta de investimento em infra-estrutura, Chávez sufocou através de uma opressora força militar manifestações contra seu governo, fechou meios de comunicação, taxou preços dos produtos, impôs um severo racionamento de energia – suspendendo por 24 horas o fornecimento de eletricidade a 96 empresas e estabelecimentos comerciais que não reduziram seu consumo em 20% –, prendeu políticos opositores e o dono de um canal de TV. Nesta última sexta-feira, 02 de abril, fechou um acordo para compra de equipamentos bélicos à Rússia, cujo volume total pode ultrapassar os US$ 5 bilhões.

Chávez decretou feriado durante toda a Semana Santa para poupar energia, diferente de Nero que perseguiu, torturou e matou cristãos. Contudo, diante dos fatos nos resta ficar apreensivos, na expectativa de que Chávez, tal qual Nero, toque fogo na Venezuela, ou melhor, exploda-a usando as armas Russas, com o objetivo de reconstruir o país ao seu gosto. Será que Chávez tem surtos psicóticos querendo ser Nero ou Deus? Qual será a música que Chávez cantará ao ver a Venezuela arder?

O seriado humorístico mexicano ‘Chaves’, teve seu início em 1971, com o foco nas “aventuras” de uma criança pobrinha que por força das ocasiões metia-se em confusões, respondendo sempre as afirmativas corretas com a expressão “Isso, isso, isso!”. Já as confusões de Chávez começaram um pouco mais tarde e não tem graça, seria até cômico se não parecesse trágico.

Cala-te, caracas!!!!!
 

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