O termo “woke”, que significa “acordado” em inglês, surgiu no contexto americano durante o século XX com o sentido de despertar a sociedade para injustiça racial contra pessoas negras e suas comunidades. Era preciso estar “acordado” contra o racismo e em favor da igualdade racial.
Mais recentemente, o termo ressurgiu na militância do Black Lives Matter que popularizou a expressão #staywoke (“esteja acordado”) em meio a críticas a ações policiais contra pessoas negras nos EUA. A expressão se popularizou na internet e passou a abranger uma série de pautas progressistas.
Em uma mistura explosiva de Teoria Crítica (Marx, Freud) e discursos pós-modernos (Foucault, Butler), o ativismo woke criou uma nova linguagem para uma militância estridente. Questões de pós-colonialismo, teorias críticas raciais e de interseccionalidade, feminismos pós-modernos e estudos de gênero são alguns exemplos da abrangência woke.
Em uma crítica radical ao Ocidente, o ativismo woke se tornou cético quanto à verdade objetiva, adotou uma linguagem para desconstruir e reconstruir a realidade, assumiu que a sociedade é estruturada por relações de poder opressivas. As relações sociais do Ocidente seriam opressivas por natureza.
Além disso, o ativismo woke criou uma linguagem segregadora de identidades, identificando quais são as maiores vítimas da sociedade. Com uma mentalidade de vitimização, passou a perseguir e silenciar críticos e falas consideradas politicamente incorretas.
Em um processo inquisitorial de apontar, cancelar e censurar, o ativismo woke se tornou uma polícia intolerante em todos os âmbitos da vida pública e privada. Assumindo virtuosismo e superioridade moral, o ativismo woke se tornou antidemocrático e acentuadamente anticristão.
O resultado dessa cultura tem sido mais polarização política, hipocrisia escancarada e perseguição de uma militância raivosa. O ativismo woke sacrificou o diálogo, o convencimento e a possibilidade de pontes entre pessoas com diferentes cosmovisões.