O Conselho de Direitos Humanos da ONU condenou nesta segunda-feira (1º) violações cometidas por forças do Estado Islâmico no Iraque, que podem ser classificados como crimes de guerra, e concordou em mandar uma missão para investigá-los.
O conselho adotou uma resolução apresentada por França e Iraque sem votação, mas a delegação da África do Sul disse que se desassociou do texto por falta de equilíbrio.
"Nós estamos enfrentando um monstro terrorista", disse o ministro de direitos humanos do Iraque, Mohammed Shia Al Sudani, numa sessão de emergência em Genebra.
"As ações do Isis (antiga sigla em inglês do Estado Islâmico) ameaçam não apenas o Iraque, mas toda a região e o mundo", acrescentou.
A ONU espera que seus onze investigadores comecem seu trabalho em algumas semanas, segundo um porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Rupert Colville.
"Os relatórios que temos recebido indicam atos em uma escala de desumanidade inimaginável", declarou Flavia Pansieri, alta comissária adjunta das Nações Unidas para os Direitos Humanos, citando assassinatos seletivos, conversões forçadas, sequestros, escravidão, tortura e perseguição sistemática por motivos religiosos e étnicos.
Desde 9 de junho os insurgentes sunitas liderados pelos ultrarradicais jihadistas do EI tomaram grandes faixas de território no Iraque, multiplicando os abusos e forçando centenas de milhares de pessoas a deixar suas casas.
G1