A alta comissária da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Navi Pillay, apelou hoje (28) para que a comunidade internacional amplie a ajuda às vítimas de tortura no mundo. Pillay disse que, na maioria das vezes, as vítimas precisam de assistência psicológica, médica e social. Segundo ela, há mais de 300 projetos nessas áreas em mais de 65 países da África, Ásia, América Latina e Europa Oriental.
Os recursos usados para ajudar as vítimas vêm de um fundo mantido pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. Pillay reclamou que vários países não têm colaborado com o fundo. Em 2008, o fundo tinha US$ 11,6 milhões disponíveis, mas nos últimos dois anos os recursos caíram para cerca de US$ 9 milhões.
A chefe do Conselho de Administração do Fundo de Curadores, Mercedes Doretti, disse que a escassez de financiamentos obrigou o conselho a reduzir os repasses em até 20% aos 300 projetos espalhados em mais de 65 países. Pelos dados da ONU, mais de mil vítimas, em 17 países, foram ajudadas nos últimos dez anos.
Pillay disse que as torturas envolvem agressões físicas e psicológicas, assim como violência sexual e abusos. Os casos reúnem relatos de violência contra homens, mulheres e até crianças.
Correio Braziliense