O ano de 2025 começa com três grandes desafios políticos para o mundo:
1) Crise fiscal e pressão inflacionária: o modelo de “bem-estar social” e a expansão das atribuições dos Estados têm gerado substantivo déficit público. Para financiar “direitos” e suas atribuições, os Estados se endividaram bastante.
Recentemente, até os EUA começaram a discutir o tamanho de sua dívida pública que já ultrapassou 35 trilhões de dólares. A consequência desse cenário é aumento da inflação que prejudica os mais pobres. Se não bastasse, parte dos gastos do Estado é capturado por elites para seu próprio benefício, aumentando o descontentamento com a democracia.
2) Guerras e conflitos: existem inúmeros conflitos pelo mundo, tendo destaque aqueles entre Ucrânia e Rússia e entre Israel e seus vizinhos. A qualquer momento, um desses conflitos pode chegar a um ponto de não-retorno, escalando para uma perigosa escala global.
3) Crise climática: as mudanças climáticas já têm gerado desastres naturais cada vez mais severos. Os mais pobres sofrerão cada vez mais com o agravamento das mudanças do clima. E, em meio a alto endividamento dos Estados e das famílias e à polarização política, o mundo terá muita dificuldade em custear os gastos de uma transição energética.
Esses são, talvez, os maiores desafios políticos para o mundo em 2025. A chegada de Trump à Casa Branca será um fator a impactar fortemente em como o mundo lidará com essas crises. O mundo precisa de uma boa dose de prudência política. Haverá espaço para isso em um mundo polarizado?