A Arábia Saudita, o Egito, os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein, que há algumas semanas cortaram relações com o Catar, apresentaram nesta quinta-feira (22/06) uma lista de exigências para pôr fim à crise diplomática.
Numa lista de 13 pontos – apresentada ao Catar pelo Kuwait, que está ajudando a mediar a crise – os quatro países árabes exigem o fechamento da emissora de televisão Al Jazeera e de uma base militar da Turquia no Catar, além da redução das relações diplomáticas do pequeno país árabe com o Irã.
Os quatro signatários exigem ainda que o Catar corte quaisquer contatos com a Irmandade Muçulmana e outros grupos fundamentalistas islâmicos, como o xiita Hisbolá, a Al Qaeda e o "Estado Islâmico". Os quatro países deram dez dias para o cumprimento das exigências apresentadas, que incluem ainda uma soma não especificada em compensações.
De acordo com a lista, Doha deve recusar a naturalização de cidadãos daqueles quatro países e expulsar os que se encontram no Catar. A medida foi descrita como um esforço para impedir Doha de interferir nos assuntos internos desses países.
O Catar deve ainda entregar todos os indivíduos procurados por terrorismo pelos quatro países, cortar o financiamento de qualquer movimento extremista designado como grupo terrorista pelos Estados Unidos e fornecer informações pormenorizadas sobre membros da oposição financiados por Doha, nomeadamente na Arábia Saudita.
Em 5 de junho, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos e Bahrein anunciaram o corte nas relações diplomáticas e econômicas com o Catar, que acusaram de apoiar o terrorismo, na mais grave crise regional desde a Guerra do Golfo, de 1991.
O governo do Catar ainda não reagiu à lista de exigências. Na segunda-feira, o ministro do Exterior, o xeque Mohammed bin Abdulrahman al-Thani, havia dito que seu país não negociaria com as quatro nações árabes enquanto forem mantidas as medidas contra Doha. Ele também negou que haja apoio ao terrorismo.
Se o Catar aceitar as exigências, o documento estabelece inspeções mensais no primeiro ano e por trimestre no segundo ano. Nos dez anos seguintes, o Catar será monitorado anualmente.
O ministro da defesa da Turquia, Fikri Isik, rejeitou a exigência pelo fechamento da base militar do país no Catar, afirmando que ela representaria uma interferência nas relações entre Ancara e Doha.
Isik sugeriu ainda que a presença militar turca no país deve ser reforçada, considerando que seria "um avanço positivo em termos da segurança do Golfo". "A reavaliação do acordo com o Catar sobre a base não está na nossa agenda", assegurou.
AS/RC/lusa/ap/rtr
DW
Quem planeja aproveitar o último final de semana de 2024 nas praias do litoral da…
A disputa entre a Câmara dos Deputados e o Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o…
O DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) deu início a uma inspeção urgente na…
Os ingressos para o aguardado confronto entre Madureira e Flamengo, que acontecerá no Estádio Amigão,…
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou, nesta sexta-feira (27), a tabela detalhada da primeira…
O governador da Paraíba, João Azevedo (PSB), afirmou ontem, sexta-feira (27), que não tem interesse…