Em sua primeira viagem após o escândalo de abusos sexuais envolvendo padres católicos nos EUA e na Europa, o papa Bento XVI se reuniu em Malta neste domingo, 18, com vítimas de abuso por padres locais, e prometeu que a igreja implementará "medidas efetivas" para proteger os jovens no futuro.
Segundo o Vaticano e uma das vítimas, Bento XVI estava com os olhos marejados, expressou "vergonha e tristeza" pelo sofrimento desses homens e de suas famílias e rezou com eles durante o encontro, ocorrido na embaixada do Vaticano em Malta. Este foi também o primeiro encontro do papa com vítimas de abuso sexual desde o surgimento das primeiras denúncias, no começo do ano.
Após rezar com as vítimas, o papa assegurou que a Igreja "está fazendo e continuará fazendo" tudo o que estiver a seu alcance para investigar as acusações, para levar à Justiça as responsáveis pelos abusos e para implantar medidas efetivas orientadas a preservar os jovens.
O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, disse ainda que, no espírito de sua recente carta aos católicos da Irlanda, Bento XVI rezou para que todas as vítimas de abusos experimentem "cura e reconciliação, permitindo a elas seguir adiante com esperança renovada".
Emoção
O Vaticano confirmou que o pontífice se reuniu com oito vítimas. A reunião aconteceu após a missa que Bento XVI oficiou em Floriana, perto da cidade de Valletta.
O papa falou separadamente com as oito vítimas presentes e, como ressaltou Lombardi, o encontro aconteceu em um ambiente de "serenidade e sem tensão". As vítimas expressaram sua "satisfação" por terem conversado com o papa, segundo disseram em entrevista coletiva ao lado de um bispo maltês.
Lawrence Grech, de 37 anos, um dos vários jovens do Orfanato San José, de Santa Venera, que sofreram abusos nos anos 1980, contou que após a reunião com o papa tirou "um grande peso". "Junto com meus amigos demos as graças ao papa, foi um pesadelo que nos alterou durante anos", disse Grech à imprensa.
Outra das vítimas presentes na reunião confirmou a emoção não só do líder católico, mas também dos outros que conversaram com o papa. "Todos estavam chorando", disse Joseph Margo, 38.
Grupos que defendem vítimas desses abusos exigem que o Vaticano adote medidas concretas para proteger crianças e para afastar padres que tenham cometido abusos. Esses grupos alegam que as manifestações de solidariedade e vergonha por parte de Bento XVI não têm significado se medidas não forem tomadas.
Bento XVI tem sido acusado por grupos de vítimas e seus advogados de ter ajudado, antes de se tornar papa, a acobertar casos de pedofilia envolvendo padres católicos.
Estadão
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