Parece que foi ontem, contudo, já faz mais de treze anos quando meu primeiro filho, Marcos Neto, nascia abrindo o rol de netos, para alegria de toda família. Em seguida veio o trepidante Isaaquinho, todos ainda tratados como eternos bebês!
Dia 17 de agosto de 2013 era a data prevista para a aterrisdasgem de um vôo razante de Maria Valentina, entretanto, a danadinha driblou a cegonha antecipando a festa. Para mim foi o primeiro sintoma de personalidade forte e alegre, igualzinho ao avô paterno, que em sua vida demonstrou força, determinação e talento.
Tive a coragem de, pela primeira vez, assisti um parto bem de perto e, dentro do bloco cirúrgico, as novidades iam aparecendo numa mistura de medo e ansiedade, temperado por uma sensação de impotência, já que morro de medo de qualquer hospital.
Marinheira de primeira viagem, senti que as mãos da parturiense estavam geladas e nitidamente se mostrava nervosa e suando frio. Na mesa de cirurgia, minha mulher Fabrícia, apertou minha mão e disse: “E agora nêgo? Estou com medo.” Respondi de plano: “Calma meu amor, vai dá tudo certo, daqui a pouco nossa filha estará aqui pertinho de nós!”.
A todo custo tentei passar tranquilidade, mas tudo não passava de simples aparência que, logo foi percebida pelo experiente anestesista, que sentenciou: “Rapaz, senta quieto aí, vai terminar derrubando tudo e teremos problemas maiores.” Surpeso e pálido, com o meu pobre coração, literalmente, parecendo está na minha mão, disse: “Claro, doutor! Onde é que me sento?”
Maria Valentina Mesquita Souto Maior nasceu ontem, 16 de agosto de 2013, não esperando o desejo do pai, que havia marcado inocentemente a data do seu nascimento para o dia seguinte ao acontecido. Ledo engano, a menina só fez o que quis!
Os primeiros momentos do parto, um silêncio ensurdecedor para, logo em seguida, o som mais perfeito que qualquer filarmônica poderia fazer: o choro da minha filha Maria Valentina ecoando alto no bloco cirúrgico. O parto foi realizado pela Dra. Ângela Vilar, com supervisão do experiente médico, Dr. Geraldez Tomaz, que ao levatar a menina aos braços exclamou, em alto e bom som: “É uma menina linda e braba feito o avô, Marcos!” Todos não contiveram gostosa gargalhada, que se misturava com o choro da pequenina Maria. A Dra. Ângela, logo arrematou: "Professor Geraldez, não se esqueça que é neta de Kátia!"
Não contive minha emoção que falou mais forte. Confesso que sou metido a durão, mas a pequena Valentina vez as lágrimas correm em meu rosto. O relógio marcava exatamente 19h26min, minha filha apresentou seus 45 cm e com peso de 2,815 kg, aumentando mais ainda, uma sensasão inesquecível.
Fiquei pensativo na procura de palavras que desenhassem o momento vivido, passando a invocar as bênçãos de Deus, logo pensei em: paz, felicidade, futuro, beleza, carinho e muito amor.
Momento mágico estava ainda para acontecer, quando fui chamado para ver a mais nova integrante das famílias Mesquita e Souto Maior, colocando-a pela primeira vez em meus braços. Senti uma paz profunda e a sensação de estar nos braços com um verdadeiro PEDACINHO DO CÉU, que Deus em sua infinita grandeza e esplendor concedeu ao seu humilde servo.
A vida é um dom do Senhor, que passa pelas bênçãos dirigidas a Maria Valetina para ser grande, forte e amorosa, assim como é o significado do nome que escolhi para você, minha amada filha.