A policia da Tailândia divulgou o retrato do principal suspeito do ataque que matou 20 pessoas no templo Erawan, em Bangcoc, na segunda-feira. Investigadores acreditam que o homem – que vestia uma camisa amarela e aparece entrando com uma mochila, mas deixa o local sem ela – faça parte de uma "rede".
O primeiro-ministro tailandês, Prayuth Chan-ocha, disse que o atentado foi o "pior de todos" na história do país. O templo, um ponto importante da capital da Tailândia, popular entre turistas e fieis budistas, foi reaberto nesta quarta-feira.
O chefe da polícia de Bangcoc, Somyot Poompanmoung, afirmou à agência de notícias Associated Press nesta quarta-feira que o ataque foi obra de mais de uma pessoa. "Ele não o planejou sozinho, com certeza", disse Poompanmoung, se referindo ao suspeito número um. "Isto é uma rede."
O templo foi reaberto às 8h, no horário local (22h, em Brasília), e os primeiros visitantes levaram buquês de flores e acenderam incenso diante da estátua levemente danificada do deus hindu Brahma.
Uma repórter da BBC afirmou que não há um grande aparato policial no local, e que os visitantes não passam por qualquer revista na entrada. A jornalista afirmou que autoridades só conseguiram acabar de recolher os despojos humanos dos arredores do templo nas primeiras horas de quarta-feira. O correspondente da BBC na Tailândia, Stephen Evans, afirmou que as autoridades tinham a intenção de "mandar um recado" com a reabertura do templo.
A maior parte das vítimas do atentado era de tailandeses, mas entre elas estão também cidadãos de China, Hong Kong, Malásia e Cingapura. Até o momento, nenhum grupo se responsabilizou pelo ataque.
Um porta-voz do governo militar tailandês, Weerachoon Sukhontapatipak, disse à BBC que as autoridades estão "bem perto" de identificar o principal suspeito, flagrado por câmeras de segurança no entorno do templo.
O general Sukhontapatipak disse que não se descartam quaisquer motivos e que o homem não aparenta ser tailandês. Na terça-feira, o militar também destacou que o ataque parece ser "bem diferente" de outros atentados a bomba realizados por separatistas islâmicos no sul do país.
Ele afirmou que o ataque prova que "ainda existe uma pessoa – ou um grupo – hostil ao país operando livremente". "Eles podem ter motivação política ou estar tentando minar a nossa economia ou turismo por outras razões", disse o general, segundo o jornal.
O suspeito número um foi visto no entorno do templo com uma mochila escura nas costas. Mais tarde, ele foi filmado deixando o local sem a bolsa nas costas.
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