O primeiro-ministro da Tunísia, Mohamed Ghannouchi, anunciou nesta segunda-feira o novo governo de unidade nacional, que incluirá pela primeira vez membros da oposição no alto escalão. A medida é uma tentativa de acalmar a população, em meio a protestos e confrontos com as forças de segurança que levaram à fuga do ditador Zine El Abidine Ben Ali, que estava desde 1987 no poder.
Ghannouchi, aliado de longa data de Ben Ali e no cargo desde 1999, e os ministros de Defesa, Interior e Relações Exteriores mantiveram seus postos na mudança. Mas, em uma medida rara em um país de governo ditatorial, três figuras da oposição, incluindo Nejib Chebbi, fundador do partido da oposição PDP, assumirão postos no governo.
O primeiro-ministro disse ainda, em entrevista a jornalistas, que qualquer suspeito de corrupção ou enriquecimento ilícito sob o governo de Ben Ali será investigado.
"Qualquer um que acumulou enorme riqueza ou é suspeito de corrupção será colocado perante um comitê de investigadores", disse.
Cerca de mil pessoas foram às ruas nesta segunda-feira para protestar pela dissolução do Reagrupamento Constitucional Democrático (RCD), o partido do ditador deposto, e expressar esperança de que o novo governo não incluísse nenhum de seus principais nomes.
O RCD é o partido onipresente há décadas no país, que ainda ocupa todos os níveis do poder nas administrações central, estaduais e municipais.
O Exército e a polícia reagiram com gás lacrimogêneo e canhões de água e atiraram para o ar para tentar dispersar o novo protesto, que percorria a Avenida Habib Burguiba, no centro da capital, segundo a agência de notícias Efe.
Os manifestantes gritavam palavras de ordem como "Abaixo o RCD" e "Fora o partido da ditadura" e tentavam se dirigir à sede central da legenda, situada perto da Avenida Burguiba. Eles avançaram, contudo, apenas umas centenas de metros quando as forças de segurança iniciaram a ofensiva.
CONFRONTOS
Neste domingo, a nação norte-africana viveu mais um dia de violência com confrontos entre os agentes remanescentes da guarda pessoal de Ben Ali e gangues armadas.
Em várias regiões do bairro foram escutadas rajadas de metralhadora e ao menos três disparos de artilharia pesada. No centro da cidade foram ouvidos tiros esporádicos até altas horas da madrugada, segundo a agência de notícias Efe.
Moradores de vários distritos relataram à rede de televisão estatal terem visto pessoas em veículos 4×4 pretos, em motocicletas e até a pé disparando indiscriminadamente inclusive contra residências particulares em uma aparente tentativa de semear o caos.
ELEIÇÕES
No sábado (15), o Conselho Constitucional da Tunísia proclamou Fued Mebazaa, presidente do Parlamento, como novo presidente do país, e convocou eleições em 60 dias –segundo artigo da Constituição em caso de saída do governante. Ben Ali fugiu na sexta-feira passada (14) para a Arábia Saudita, depois de mais de um mês de revoltas populares sem precedentes contra seu regime.
Um dirigente histórico da oposição tunisiana, Moncef Marzuki, que dirige o Congresso Para a República (CPR), anunciou nesta segunda-feira sua candidatura na eleição presidencial.
"Serei candidato", declarou Marzuki à rádio francesa France-Info.
O CPR é um partido de esquerda laico que foi caracterizado como ilegal pelo regime de Ben Ali.
Folha Online
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