Eleito presidente do Peru, o nacionalista Ollanta Humala, de 48 anos, é cobrado pelo mercado financeiro e os empresários do país para definir rapidamente sua equipe econômica. A vitória de Humala foi recebida com temor pelo empresariado que receia mudanças na economia peruana, que cresce em média 8% ao ano.
Ontem (6), a Bolsa de Valores de Lima registrou a maior queda da história, de 12,51%, e fechou mais cedo para evitar novas baixas. Com 95,1% das urnas apuradas, Humala, de centro-esquerda, obteve 51,6% dos votos, contra 48,8% da conservadora Keiko Fujimori, filha do ex-presidente peruano Alberto Fujimori.
Porém, o mercado financeiro do Peru sinaliza desconfiança com a eleição de Humala. As indicações começaram às vésperas da votação, quando a Bolsa de Valores de Lima caiu 7,16%. Para alguns, o futuro presidente do país pode optar por medidas intervencionistas na economia. No entanto, assessores de Humala negam a possibilidade.
Nessa segunda-feira, depois de 90% das urnas apuradas, a candidata derrotada Keiko Fujimori parabenizou Humala. No discurso, dirigido aos eleitores e aliados, a filha do ex-presidente da República apelou para que Humala mantenha o atual modelo econômico do Peru, sem alterações.
No discurso de vitória, o presidente eleito disse que vai trabalhar pelo crescimento econômico com inclusão social. Ele afirmou que vai escolher os melhores técnicos e intelectuais para a composição da equipe de governo, estimulando a economia aberta e de mercado para o fortalecimento interno.
Antes da posse, em 28 de julho, Humala deve visitar o Brasil a convite da presidenta Dilma Rousseff, segundo o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia
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