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Raúl Castro diz que jamais permitirá retorno do capitalismo a Cuba

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Pouco após assumir o comando do Partido Comunista Cubano (PCC) como primeiro secretário, o ditador Raúl Castro disse que tem como missão jamais permitir o retorno do sistema capitalista a Cuba.

"Assumo minha última tarefa com a firme convicção e compromisso de honra que o primeiro secretário tem como missão principal e sentido de sua vida defender, preservar e continuar aperfeiçoando o socialismo e não permitir jamais o retorno do regime capitalista", enfatizou.

O anúncio ocorre em meio a uma série de mudanças na cúpula regime, em meio ao 6º Congresso do PCC.

O veterano político José Ramón Machado foi apontado como o segundo secretário, oficialmente assumindo o posto de nº2 da cúpula do governo no país assim como o cargo de vice-presidente.

A indicação de Machado, de 80 anos, que lutou durante as guerrilhas que levaram o regime ao poder durante a Revolução Cubana, frustra muitos que esperavam por alguém com um perfil mais jovem e atual em meio às reformas no país.
 

 

As mudanças na cúpula do PCC ocorrem pouco após o ex-ditador Fidel Castro fazer uma aparição surpresa no encerramento do Congresso, levando muitos dos presentes às lágrimas, pouco antes de anunciar a entrega do comando da legenda ao irmão, Raúl Castro, após 46 anos no posto.

Aos 84 anos, Fidel foi recebido com uma longa ovação e vivas por parte dos mil delegados presentes a um dos raros e históricos congressos do partido.

O atual vice-presidente Ramiro Valdes, de 78 anos, foi nomeado o nº3 da cúpula do partido.

Mudanças

Fidel, que ocupou o posto de ditador e chefe do PCC desde a Revolução Cubana em 1965, já havia cedido o comando do país ao irmão em 2006 por motivo de doença.

Mais cedo, o ex-ditador já confirmara sua renúncia à chefia do partido, último alto cargo político que ocupava no país, ao pedir sua exclusão do Comitê Central.
 

A decisão foi divulgada num artigo publicado nesta terça-feira.

"Raúl [Castro, irmão de Fidel] sabia que eu não aceitaria na atualidade nenhum cargo no Partido", afirmou Fidel, ao explicar em um texto no portal cubadebate.cu sua "ausência" no novo Comitê Central do PCC, eleito na segunda-feira (18) durante o 6º Congresso do partido.

O 6º Congresso do PCC, o primeiro desde 1997, teve início no último sábado (16) e ocorre até esta terça-feira. Os participantes devem aprovar uma série de medidas econômicas que visam atualizar o sistema socialista adotado pela ilha.

Transferência de poder

"Ele sempre foi quem me chamava de primeiro-secretário e comandante-em-chefe, funções que como se sabe deleguei na Proclama divulgada quando fiquei gravemente enfermo", reiterou Fidel.

"Nunca tentei, nem podia fisicamente exercê-las, apesar de ter recuperado consideravelmente a capacidade de analisar e escrever. No entanto, ele nunca deixou de transmitir-me as ideias que projetava", completou.
 

Fidel destacou ter afirmado ao irmão que não desejava ser incluído na lista de candidatos ao Comitê Central, quando Raúl declarou que seria "muito duro" excluir dirigentes "que pela idade ou saúde não poderiam prestar muitos serviços ao Partido".

"Não hesitei em sugerir que não excluísse estes companheiros de tal honra, e acrescentei que o mais importante era que eu não aparecesse na lista. Penso que recebi muitas honras. Nunca pensei em viver tantos anos."

O líder comunista indicou ainda que votou ao meio-dia de segunda-feira, quando recebeu a cédula.

Nova geração cubana 

Em outro artigo, publicado ontem (18) na capa do jornal oficial "Granma", Fidel disse que a nova geração está sendo chamada a "retificar e mudar, sem hesitações, tudo o que deve ser retificado e mudado, além de continuar demonstrando que o socialismo é também a arte do impossível".
 

Segundo Fidel, essa tarefa, "é, no entanto, mais difícil que a assumida por nossa geração, quando foi proclamado o socialismo em Cuba", em 1959.

Ele ainda reconheceu que superar o sistema capitalista, "que fomenta e promove os instintos egoístas do ser humano", é "um difícil desafio, na época bárbara das sociedades de consumo".
 

 

Folha online

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