O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou nesta madrugada, 24, um ataque contra a Ucrânia e explosões foram registradas em diversas cidades fora das áreas separatistas do Donbass. O momento é o mais grave da intensa crise que atinge as duas nações desde 2014, quando os russos anexaram a Crimeia e o conflito separatista se instaurou em áreas de Donetsk e Lugansk.
Uma das cidades que está recebendo famílias é Medyka. O ministro da Saúde da Polônia afirmou que os hospitais do país está aumentando o número de leitos dos hospitais para poder atender pessoas feridas.
Outros países que fazem fronteira com a Ucrânia, como a Romênia e a Eslováquia, afirmaram que não há um volume significativo de pessoas agora, mas há relatos em redes sociais descrevendo a chegada de ucranianos.
A Eslováquia deslocou 1.500 soldados para a região de fronteira para receber famílias que fogem da guerra na Ucrânia.
Segunda onda de ataques
Ucrânia está sendo atingida por uma segunda onda de mísseis, de acordo com um assessor próximo do presidente Volodymyr Zelensky.
Um correspondente da agência de notícias Reuters ouviu explosões em Kiev às 12h no país (cerca de 7h de Brasília).
Um dirigente do Ministério do Interior da Ucrânia disse que centros de comando em diversas cidades, inclusive Kiev, foram alvos de ataques por mísseis.
De acordo com dirigentes do governo da Ucrânia, a primeira onda de bombas começou pouco depois do anúncio feito pelo presidente Vladimir Putin de que seria iniciada uma operação militar.
Uma testemunha disse à agência Reuters que há uma fumaça preta saindo do prédio da sede do serviço de inteligência do Ministério da Defesa.
Pelo menos 18 pessoas morreram na cidade de Odessa em um ataque, de acordo com as autoridades da região. Outras 6 morreram em Brovary, perto de Kiev.
Cerca de 20 brasileiros estão em um hotel localizado na cidade de Kiev, na Ucrânia, e pedem ajuda à embaixada brasileira para deixar o país após o anúncio da invasão das tropas militares russas, no início da madrugada desta quinta-feira (24). Um vídeo feito por eles pede socorro à embaixada.
Entre os jogadores, está o santista Aluísio Chaves Ribeiro Moraes Júnior, mais conhecido como Junior Moraes, ele é um dos brasileiros que pede ajuda pelas redes sociais para deixar a capital da Ucrânia com a família. Junior é naturalizado ucraniano e atua como atacante. Atualmente, joga pelo Shakhtar Donetsk e pela Seleção Ucraniana.
Aliado de Putin: para evitar guerra na Europa, é preciso ‘desmilitarizar’ Ucrânia
O líder da Câmara dos Deputados da Rússia, Vyacheslav Volodin, afirmou que a única forma de evitar uma guerra na Europa é desmilitarizar a Ucrânia, de acordo com a agência de notícias russa RIA. Volodim é um aliado do presidente Vladimir Putin.
Exército da Ucrânia está respondendo a ataques russos
Os militares da Ucrânia estão respondendo aos ataques da Rússia no sul e no norte do país, e já há perdas entre os russos, disse o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em um pronunciamento televisionado nesta quinta-feira (24), após a invasão russa.
Mais cedo, os militares da Ucrânia afirmaram que mataram 50 soldados dos inimigos na região de Luhansk, destruíram 4 tanques russos em uma estrada perto da cidade de Kharkiv, no leste do país, e que derrubaram 6 aeronaves russas, também no leste do país, de acordo com a agência Reuters.
Zelensky afirmou que armas já estão sendo distribuídas entre os cidadãos ucranianos, e pediu para que as pessoas que se consideram aptas a “defender a Ucrânia” procurem os centros do exército nas cidades.
G1