Começaram os Jogos Paralímpicos de Inverno de PyeongChang, na Coreia do Sul, uma espécie de segundo tempo da versão "gelada" das Olimpíadas que mostraram ao mundo, em fevereiro, a superação dos receios internacionais sobre as dissonâncias políticas entre as Coreias — ao menos durante as disputas esportivas. Passo importante para todo um continente, já que este é o primeiro de três grandiosos eventos que serão sediados consecutivamente na Ásia, fugindo ao tradicional eixo Europa-Estados Unidos. Depois será a vez de o Japão receber os Jogos de Verão de Tóquio-2020. Em seguida, a China terá os Jogos de Inverno de Pequim-2022.
"A Ásia é um continente relativamente jovem nas sedes esportivas, pois tem nações que querem se posicionar politicamente no mundo, como Coreia, China e Japão, além de ter muito dinheiro circulando", pontua Victor Melo, professor do programa de pós-graduação de história comparada da UFRJ. Desde a primeira edição olímpica da Era Moderna, a de Atenas-1896, os Jogos Olímpicos levaram seis décadas até que um país fora do eixo Europa-Estados Unidos recebesse o evento. A primeira vez nessa circunstância foi em Melbourne, na Austrália, em 1956.
Na Ásia, as Olimpíadas chegaram em 1964, quando Tóquio recebeu o primeiro evento do continente. Mais de duas décadas antes, porém, o Japão havia recebido o direito de sediar os Jogos de 1940 — as disputas de inverno seriam na cidade japonesa de Sapporo e as de verão, em Tóquio, juntamente com Helsinque, na Finlândia. Mas aquela edição foi cancelada por causa da Segunda Guerra Mundial.
"Há sempre a participação dos governos, porque existe um interesse geoeconômico do país de aparecer para o mundo. Sediar os Jogos é ganhar uma visibilidade mundial para o bem ou para o mal", diz o historiador Victor Melo. A questão que o pesquisador levanta é sobre qual imagem será criada. Ele explica que países que têm um sistema de governança e democracia mais bem estabelecidos costumam tirar mais proveito desses eventos. "O oposto tem um gasto público imenso, sem que a população desfrute como prometido, como ocorre com o Brasil pós-Olimpíadas e Copa do Mundo."
Kátia Rúbio, coordenadora do grupo de estudos olímpicos da USP, alerta que as exigências impostas pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) deixam em risco as leis do país, pois são colocadas como condições para se sediar o evento. "Por que os grandes eventos mundiais estão indo para a Ásia? Porque os principais regimes totalitários estão lá, o que para o COI é um ponto positivo para apresentar suas regras, sem necessidade de grandes debates com a sociedade local", pontua.
Redação
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