O presidente do Sri Lanka pediu nesta quinta-feira (4) ao grupo étnico tâmil que trabalhe com o governo para ajustar suas diferenças, mas disse que não irá conceder-lhes autonomia, no dia em que o país celebra pela primeira vez a independência desde o fim da guerra civil de pelo menos 25 anos no país.
Mahinda Rajapaksa, que foi reeleito no mês passado por uma ampla maioria, disse que os líderes tâmeis não deveriam "desvirtuar" as pessoas ou impor posições políticas baseadas na etnicidade ou na região. "Vamos resolver nossos problemas nós mesmos por meio do diálogo", disse na língua tâmil.
O Sri Lanka se tornou independente em 1948 – se libertando de mais de quatro séculos de comando português, holandês e britânico – e desde então os tâmeis reclamam de marginalização na administração, em empregos e na educação. Isso propiciou a formação do grupo guerrilheiro Tigres Tâmeis, que lutou por décadas por independência nas regiões norte e leste.
A guerra, que terminou em maio do ano passado com a vitória governista, deixou entre 80 e 100 mil pessoas mortas e muitas regiões em ruínas.
G1
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