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Terroristas confirmam morte do líder da Al-Qaeda no Iêmen

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 Um ataque aéreo dos EUA matou o líder número 2 da Al-Qaeda, que comandava sua poderosa filial iemenita, no que é considerado o maior golpe contra o grupo terrorista desde a morte de Osama bin Laden. A ação elimina um líder carismático em um momento em que a organização disputa com o Estado Islâmico o título de fundador da jihad global.

 

Em uma declaração em vídeo datada de 14 de junho e divulgada nesta terça-feira (16) pela filial iemenita da organização terrorista, um agente sênior anunciou a morte de Nasir al-Wahishi, um jihadista veterano que já foi apontado como braço direito de Bin Laden e disse que seu vice, Qassim al-Raimi, havia sido escolhido para substituí-lo.

 

"Nação muçulmana, um herói de seus heróis e um mestre de seus mestres foi em direção a Deus", disse Khaled Batrafi no vídeo, prometendo que a guerra do grupo contra os EUA iria continuar.

 

"Em nome de Deus, o seu sangue nos faz mais determinados ao sacrifício", disse ele. "Que os inimigos saibam que a batalha não é de apenas de um. A batalha conta com uma nação de bilhões de membros."

 

Autoridades de segurança iemenitas haviam dito anteriormente que um drone dos EUA havia matado três supostos militantes na cidade portuária do sul de Mukalla na semana passada. Autoridades norte-americanas disseram que eles estavam tentando verificar se al-Wahishi havia mesmo sido morto.

 

O braço da Al-Qaeda no Iêmen tem sido visto como o mais letal e tem sido associado a uma série de atentados no território dos EUA. O grupo reivindicou a responsabilidade pelo ataque de janeiro à revista satírica francesa Charlie Hebdo, que deixou 12 mortos.

 

Além de liderar a filial iemenita, conhecida como Al-Qaeda na Península Arábica, al-Wahishi também serviu como substituto de Ayman al-Zawahri, principal líder da Al-Qaeda, que sucedeu bin Laden em 2011.

 

A morte de Al-Wahishi é uma grande perda para a Al-Qaeda enquanto os terroristas se esforçam para competir com o Estado Islâmico, um grupo separatista que ocupa vastas áreas na Síria e no Iraque e gerou suas próprias filiais em outros países da região.

 

Ambos os grupos se dedicam a impor a lei islâmica, apesar de a Al-Qaeda não reconhecer o califado autoproclamado do Estado Islâmico e manter a prioridade de usar a jihad contra os Estados Unidos a fim de conduzi-lo para fora do Oriente Médio.

 

Imagem Arquivo AP

IG com AP

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