No excelente livro “Uma Nação, Duas Culturas”, a historiadora Gertrude Himmelfarb rastreia a história da polarização cultural. Nos EUA, nas décadas de 1920 e 1960, houve momentos de “revolução cultural” que deram origem à polarização entre uma cultura “tradicionalista” e outra “progressista”.
Contra o Ocidente “vitoriano”, surgiu uma cultura de frouxidão dos padrões morais e de crítica a valores tradicionais. Houve uma desestabilização de hábitos e princípios tradicionais e do respeito às autoridades e instituições, vulgarização da alta cultura, descrédito da normatividade da família tradicional.
As virtudes tradicionais de trabalho, temperança, autodisciplina foram abaladas por vulgaridades, normalização da violência e promiscuidade moral. Apesar de a cultura tradicional não ser perfeita, a destruição de seus valores possibilitou o surgimento de uma cultura frouxa e o fortalecimento do Estado-babá.
Tem havido tentativas da cultura tradicional de restaurar a sociedade civil (mediadora entre indivíduo e Estado) para fomento das virtudes. Poderia a sociedade civil consertar o tecido moral? Ocorre que várias instituições da sociedade civil foram minadas pelos valores de frouxidão moral.
Nesse cenário, apenas aquelas instituições que rejeitaram o relativismo ético e cultural podem contribuir para repor o tecido moral. Para que a sociedade civil conserte o tecido moral, “é necessário que se reformem suas instituições, tanto estrutural quanto moralmente” (p. 82).
Ademais, as leis do Estado precisam contribuir na validação moral do que é justo. Elas não devem ser instrumento para imposição da vontade subjetiva das elites. Por outro lado, o respeito e civilidade no trato das autoridades precisam ser restaurados, sob pena de chegarmos à barbárie.
Por fim, é fundamental reconhecer o papel dos valores religiosos na restauração dos valores morais. A boa prática religiosa reforça virtudes morais e cívicas, fortalecendo a liberdade e a ordem.
A polarização cultural é um fenômeno que não pode ser superado. Apesar de estarmos em um mesmo hemisfério, existem duas culturas com diferentes valores morais. E o mundo ocidental precisa escolher seu caminho cultural: valores tradicionais ou frouxidão moral.
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