O ativismo Woke (acordado) promete uma “nova justiça” social, racial e sexual. Para isso, os ativistas entendem ser preciso despertar consciências adormecidas quanto aos problemas sociais. As pessoas precisam acordar de suas certezas dogmáticas e questionar as estruturas de poder.
Surge, no pensamento Woke, uma nova luta de classes entre identidades culturais. Com uma régua moral relativista – que varia conforme quem fala, de que grupo fala e quando fala –, os ativistas Woke escolhem quem linchar, sabotar e cancelar.
São duas as principais fontes do ativismo Woke: a Teoria Crítica da Escola de Frankfurt e o pós-modernismo sob inspiração de Nietzsche.
Com uma mistura explosiva entre Marx e Freud, a Teoria Crítica apresentou uma “nova” luta de classes entre identidades e se opôs ao “mal-estar na cultura” que limitava a sexualidade e as vontades dos indivíduos.
A Teoria Crítica contribuiu para a oposição ao capitalismo, à universalidade das normas e da moral, à verdade objetiva, à linguagem e às instituições ocidentais, principalmente a família “tradicional”.
Por sua vez, o pós-modernismo deu o fundamento que o ativismo Woke precisava: vazio existencial e moral. Para Nietzsche, como “Deus está morto”, não existe impedimento algum para se criar uma nova moral.
Foucault – apoiado em Nietzsche, não em Marx – dizia que a noção de verdade é mero discurso de poder que se consolidou no tempo histórico e criou relações de dominação. Obviamente, queria implodir tudo.
Enquanto a Teoria Crítica fomentou uma oposição radical a tradições e valores ocidentais, o relativismo pós-moderno abriu as portas para uma moralidade relativista que reduz a verdade objetiva a um mero discurso de poder.
O resultado: um novo credo secular policialesco e agressivo contra críticos que, muitas vezes, distorce fatos e dados, contradiz a lógica formal, revisa a história subjetivamente e nega estudos científicos. Uma nova religião sob medida para tempos de pós-verdade.
Anderson Paz
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