Com a proximidade do Dia de Finados, mais de 120 mil pessoas devem visitar os cemitérios públicos de João Pessoa durante o feriado de Finados (2 de novembro), sendo aproximadamente 80 mil só no Senhor da Boa Sentença. No sentido de receber bem os visitantes, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedurb) em parceria com a Emlur, intensificou as ações que incluem pintura das igrejas e capelas, restaurações dos pavimentos, recuperação dos monumentos, podas de árvores, capinação e desobstrução das vias de passagem. No Cemitério Senhor da Boa Sentença que foi fundado há 280 anos, serão celebradas cinco missas, às 7h, 9h, 11h, 15h e 17h.
A missa das 9h no Boa Sentença será celebrada pelo arcebispo da Paraíba, Dom Manoel Delson. Ele também vai celebrar missa às 16h, no cemitério do Cristo Redentor, que ainda terá celebração mais cedo, às 7h. No cemitério Santa Catarina, as missas acontecerão às 8h, 10h e 16h.
Já no Cemitério São José, a celebração será às 8h. Em todos os cemitérios públicos da cidade vão ser colocadas caixas coletoras para arrecadar dinheiro em prol da campanha do Hospital Padre Zé, que sobrevive de doações da sociedade, atendendo principalmente as pessoas mais humildes.
Segundo o administrador do Senhor da Boa Sentença, Joacil Aldo da Silva, o cemitério tem aproximadamente 9 mil túmulos e 300 covas rotativas. “A parte mais antiga do cemitério já foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico da Paraíba pela beleza arquitetônica dos túmulos, que são verdadeiras obras de arte”, revelou o administrador. Há mais de 20 anos realizando trabalho de limpeza em túmulos no Boa Sentença, Suzana Virgínio disse que sustenta sua família com esse trabalho. O valor dos serviços, segundo ela, depende do tamanho dos túmulos. “A limpeza mais em conta custa R$ 40, mas de acordo com o tamanho do túmulo, o valor da limpeza vai aumentando, podendo chegar a R$ 80”, disse Suzana, complementando que já tem diversos contratos com famílias que zelam pelos túmulos onde estão os entes queridos.
Assim como Suzana, existem dezenas de pessoas que sobrevivem dessa atividade nos cemitérios da capital. Outro exemplo é Michele Carneiro, que todos os anos trabalha duro na limpeza de túmulos para sustentar a família.
Redação