Mais de 100 mil mulheres brasileiras vindas do campo, das florestas, das águas e das cidades, além de representantes de 33 países, se reúnem em Brasília nesta terça-feira (15) e quarta-feira para a 7ª edição da Marcha das Margaridas. Um evento marcante, coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), suas filiadas, sindicatos parceiros e 16 organizações aliadas. A marcha, que ocorre a cada quatro anos, presta homenagem à memória de Margarida Maria Alves, uma liderança paraibana do movimento sindical assassinada em 1983, e tem como lema para 2023: “Pela Reconstrução do Brasil e pelo Bem Viver”.
O evento reúne uma diversidade impressionante de mulheres: trabalhadoras rurais, indígenas, quilombolas, ribeirinhas, sem-terra, extrativistas, membros da comunidade LGBTQIA+ e residentes de centros urbanos. A Contag destaca que essa marcha é um dos maiores movimentos políticos de mulheres da América Latina, representando a voz unificada das mulheres de diferentes origens e contextos.
As demandas centrais das “margaridas” em 2023 estão organizadas em 13 eixos políticos, que serão debatidos ao longo dos dois dias do evento:
A coordenadora-geral da Marcha das Margaridas e secretária de Mulheres da Contag, a piauiense Mazé Morais, destacou a expectativa para a marcha e a pauta construída em reuniões realizadas desde 2021 em todo o país. Ela enfatizou a esperança de que as autoridades atendam às reivindicações apresentadas, tendo em vista o impacto positivo nas vidas das mulheres em todas as regiões do Brasil.
A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, ressaltou a colaboração interministerial nos últimos meses para abordar as diversas demandas das “margaridas”. Ela afirmou que o governo atual reconhece a importância das mulheres do campo, da floresta e das águas e valoriza a participação social na construção de políticas públicas.
O evento também honra a memória de Margarida Maria Alves, cujo nome foi atribuído à marcha desde o ano 2000. Ela foi uma defensora dos direitos dos trabalhadores rurais e se tornou um símbolo de resistência após ser assassinada em 1983. A luta de Margarida Maria Alves é lembrada e inspira as participantes da marcha, que buscam justiça, dignidade e igualdade em sua memória.
Nesse contexto, a 7ª Marcha das Margaridas não apenas reúne mulheres diversas para expressar suas demandas e aspirações, mas também celebra a força do movimento feminino em todo o Brasil e além das fronteiras. Com Margarida Maria Alves como um ícone de resistência, a marcha é uma demonstração de solidariedade, unidade e determinação em busca de um Brasil mais justo e igualitário para todas.
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