Pesquisa revela que 95,5% dos pessoenses concordam
com a proibição de fumo em lugares públicos e privados
A pesquisa de opinião ‘Conhecimentos e Atitudes no Controle de Tabagismo’,
com enfoque na Lei Estadual 8.958 9, mostrou que 95,5% dos pessoenses
concordam que os ambientes públicos e privados devem estar livres da fumaça
do tabaco e esse mesmo percentual acredita que os pais violam os direitos
dos filhos quando fumam na presença deles. O resultado foi divulgado, na
manhã desta sexta-feira (27), no encerramento do II Seminário de Doenças e
Agravos Não Transmissíveis’, realizado pela Secretaria de Estado da Saúde
(SES), nesta quinta e sexta-feira (26 e 27), no Hotel Xênius, em João
Pessoa. O evento faz parte das atividades alusivas ao Dia Nacional de
Combate ao Tabagismo, comemorado no próximo domingo (29).
Um fato que chamou a atenção é que mesmo entre os fumantes a aceitação da
Lei foi de 92,5%. O estudo revelou, ainda, que 80% das pessoas
entrevistadas conhecem a Lei Estadual 8.958 9 e 94% acreditam que a
exposição de fumaça do tabaco representa, para os não fumantes, uma situação
perigosa. Apenas 5,4% qualificam a exposição à fumaça do tabaco como uma
situação ‘pouco perigosa’ e o restante 0,6% ‘nada perigosa’. Todos os
entrevistados têm opiniões semelhantes sobre os níveis de risco, embora
entre as mulheres, as ex-fumantes e as não fumantes a intensidade do risco é
maior. Em todos os segmentos, a crença de que a exposição da fumaça do
tabaco é ‘perigosa’ supera os 90%.
A conclusão da pesquisa foi que a sociedade pessoense parece ter
assumido, de forma majoritária, a postura de que respirar fumaça do tabaco é
uma situação perigosa para os não fumantes e, neste contexto, a grande
maioria reconhece como legítimos alguns direitos individuais decorrentes
dessa situação. Essa é a conclusão da, que regulamenta o consumo de tabaco
em ambientes públicos e privados, na Paraíba.
O estudo foi realizado em dezembro do ano passado, pelo Núcleo de Doenças e
Agravos Não Transmissíveis da SES. A Paraíba foi escolhida pelo Instituto
Nacional do Câncer (Inca) e pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas)
para desenvolver este projeto-piloto na área de tabagismo. Durante oito
dias, os pesquisadores entrevistaram 1.190 pessoas de 15 anos e mais
residentes no município de João Pessoa, sendo 553 homens e 637 mulheres.
“O nosso objetivo com essa pesquisa foi avaliar os níveis de conhecimento e
apoio à Lei 8.958 de 2009, junto à opinião pública, como também avaliar
algumas crenças específicas da população sobre os perigos da fumaça do
tabaco para as pessoas que não fumam e os direitos decorrentes dessa
situação”, explicou a chefe do Núcleo de Doenças e Agravos Não
Transmissíveis da SES, Lourdes de Fátima Sousa.
A lei parece ter causado um efeito bastante limitado sobre o comportamento
das pessoas, em relação aos seus hábitos de saída para lugares públicos como
bares, restaurantes e boates, porque 75,2% dos entrevistados disseram que
não alteraram seus hábitos a partir da vigência da lei. Por outro lado, a
lei parece ter causado um efeito positivo entre os ex-fumantes e não
fumantes com relação a como ambos se sentem em lugares públicos.
A pesquisa constatou que nove de cada dez pessoenses do grupo de
ex-fumantes e não fumantes disseram que se sentem melhor quando vão a
lugares onde agora é proibido fumar. “No geral, podemos afirmar que a
avaliação é positiva, pois a lei teve boa aceitação social, as pessoas
conhecem, e isso mostra que estamos no caminho certo com a realização de
ações de combate e prevenção ao tabagismo”, afirmou Lourdes de Fátima Sousa.
Assessoria