Ativo nas redes sociais, o presidente estadual do PT da Paraíba, Jackson Macêdo silenciou desde que o imbróglio envolvendo a intervenção no partido, em João Pessoa, ganhou as manchetes dos jornais. Jackson, até agora, não saiu em defesa nem dos filiados nem da aliança com o PSB. A última postagem do petista nas redes sociais foi feita há uma semana e comentava apenas sobre uma série da Netflix.
O Jackson, que sempre compartilhava suas opiniões sobre os mais diversos assuntos da política nacional, local e até internacional, calou. No direito, quem cala, não diz nada. Mas na política, quem cala e não se posiciona, consente, e consente a decisão dos outros – neste caso, Jackson consente a manobra do ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) que cobrou de Lula a fatura da reciprocidade da época em que defendeu o ex-presidente quando ele estava preso em Curitiba. Lula tem uma dívida de gratidão a Ricardo que vai pagar agora, em 2020.
‘Rebombinando’ a história, não é difícil lembrar que até bem pouco tempo todo a própria cúpula do PT em João Pessoa depositava em Ricardo Coutinho (PSB) as fichas para a eleição na Capital, inclusive ressaltando que só teria candidatura própria caso o socialista estivesse fora da disputa. Pois bem. Ricardo demorou para se decidir, mas decidiu que será candidato, e agora quer que os petistas cumpram também com a palavra dada.
Ainda em janeiro desse ano Jackson postou uma foto ao lado de Ricardo Coutinho com a seguinte legenda: ” Um #TBT para lembrar que juntos construímos novos tempos para a PB. Lutamos não só pela melhoria de vida das pessoas, mas também pelo respeito a constituição , a democracia, contra o fascismo e a perseguição a esquerda e a criminalização aos movimentos sociais. Não aceitaremos que condenem pessoas antecipadamente, que direitos sejam retirados e que ações judiciais sejam transformadas em espetáculos midiáticos de interesses de alguns.
@realrcoutinho esteve conosco na luta contra o golpe, o fascismo e a defesa da democracia, não será agora que estaremos separados e distantes.
Nossa luta é na margem esquerda do rio. Nela continuaremos e nela venceremos”
E Jackson, que nunca teve mandato, agora se vê tentado a encarar o desafio de compor a chapa na qualidade de vice. Afinal, a executiva nacional do PT já determinou que o apoio da sigla pertence a Ricardo, e não se fala mais nisso.
Como, se correr o bicho pega e se ficar o bicho come, caberá a Jackson sucumbir à tentação de poder, pela primeira vez, ter a chance de ter um mandato eletivo e aceitar o vexame (como disse Anísio Maia) de ocupar o espaço nessas condições.
Quem achava que a declaração infeliz do deputado estadual Walber Virgolino sobre a ‘defesa da corrupção’ em vez do ‘combate à corrupção’ iria abalar a candidatura do parlamentar à prefeitura de João Pessoa, enganou-se. O delegado está colhendo os frutos da repercussão nacional e tem agradecido a grande imprensa pela veiculação gratuita de seu nome na máxima de que ‘falem bem ou falem mal, mas falem em mim”. Ele, inclusive, espera reeditar o fenômeno Bolsonaro de 2018, que começou sendo atacado e injustiça e, logo depois, saiu vencedor nas urnas.
Resta saber se após esse ‘lapso’ de defender a corrupção, Walber também irá repetir a história de Bolsonaro e não participará dos demais debates eleitorais com os adversários assim como fez Bolsonaro em 2018.
O deputado federal Julian Lemos (PSL) se afasta cada vez mais de Jair Bolsonaro (sem partido) ao trocar farpas com o filho do presidente, Eduardo Bolsonaro, nas redes sociais. A mais recente foi esta semana quando Eduardo cutucou o apoio do PSL ao Republicanos/Rede na cidade de Patos/PB. O filho do presidente quis insinuar que Julian estaria aliado com a Esquerda, por conta de Jacob pertencer ao Rede. Rebatendo ao ataque de Eduardo, Julian declarou que ele não tem nada a colocar na sua conta, tachou o filho do presidente de perverso e orgulhoso e disse que a vida ainda vai lhe ensinar muita coisa. “Pode ser filho do presidente, mas é um sem moral”, reagiu.
O nome de Jackson tem surgido como opção para vice de Ricardo porque, além de estar em silêncio, o dirigente também estaria com dificuldades de rejeitar um pedido pessoal do ex-presidente Lula. Ademais, Ricardo também não tem tido sorte com a ala feminina, que reiteradamente tem dito não para ocupar sua vice. É que após Paula Frassinete (PSB) renunciar a postulação ao lado do socialista em uma chapa puro sangue, quem também teria se recusado a ocupar o espaço foi a presidente estadual do PCdoB, Gregória Benário sob a alegação que o partido já fechou aliança apoio em prol de Anísio Maia (PT) e não tem intenção de voltar atrás – ou seja – mesma tese defendida por Percival Henriques, indicado vice na chapa do PT.
“Estamos comprometidos com uma proposta com Anísio Maia candidato a prefeito e Percival Henrique vice-prefeito”, disse ela, neste domingo (20), em entrevista publicada pela jornalista Haceldama Borba, do portal paraibaonline.
A reportagem do PB Agora tentou entrar em contato com a dirigente Gregória Benário na noite deste domingo (20) para confirmar a informação após o jornalista Tião Lucena, publicar em seu blog que a informação sobre a recusa da presidente do PCdoB não procedia, mas ela não respondeu às nossas mensagens.
Márcia Dias
PB Agora
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