Tudo pronto na comunidade Lagoa de São João, em Princesa Isabel, para a realização da 17ª Festa da Mandioca que começa nesta sexta-feira (20) e vai até domingo (22), com uma perspectiva de público com mais de 10 mil pessoas entre agricultores familiares, mandiocultores, convidados e autoridades do setor agrícola da Paraíba e de estados vizinhos, como Pernambuco e Rio Grande do Norte.
O evento é realizado pela Associação dos Pequenos Agricultores de Lagoa de São João, com apoio e parcerias do Governo da Paraíba, da Prefeitura de Princesa Isabel, da Empaer, do Banco do Nordeste, Sebrae, CDL, Wolf Digital e do IFPB.
A programação da 17ª edição da Festa da Mandioca, que será aberta oficialmente às 20h da sexta-feira (20), envolve celebração eucarística, feira e exposição de produtos derivados da mandioca, concurso de culinária, escolha da princesa e da rainha da festa, shows musicais, apresentações culturais, cursos, palestras e cavalgada.
Otimista com a organização do evento, o gerente regional da Empaer de Princesa Isabel, Hermes Maia, disse esperar um bom retorno financeiro durante os três dias da Festa. “ Estamos aguardando uma movimentação financeira em torno de R$ 500 mil, com produtos, derivados, serviços, gastronomia e comércio”, estimou.
A comunidade Lagoa de São João abriga uma população de 412 famílias agricultoras que sobrevivem plantando a cultura da mandioca em 220 hectares de terra, que lá mesmo é beneficiada e transformada em farinha, goma e outros derivados do produto, que são vendidos em feiras livres, supermercados e mercearias locais, da região de Teixeira e de Pernambuco.
Início – Criada em 2002, pela então coordenadora regional da extinta Emater, a extensionista social Teresa Cristina de Carvalho, a Festa da Mandioca, além de fortalecer a cadeia produtiva da cultura, atrai investimento para o setor e outras cadeias produtivas da Serra do Teixeira, oportuniza negócios e gera emprego e renda no campo. Não é sem razão que o povoado de Lagoa de São João, onde acontece a festa, é considerado hoje um dos maiores produtores de mandioca do Nordeste e produz uma das melhores farinhas do País.
Para Tereza Cristina, a Festa da Mandioca tem um relevante contexto socioeconômico e cultural para o município de Princesa Isabel, uma vez que a mandioca transformada em gêneros alimentícios gera renda. “É por meio da divulgação da culinária, dos produtos e subprodutos da mandioca que se promove o desenvolvimento econômico e das competências e habilidades práticas das pessoas envolvidas no processo da festa”, observou.
Aproveitamento – Segundo Cristina, da mandioca tudo se aproveita, inclusive a casca, raízes e folhas. “Em seu aproveitamento total é possível criar variados pratos e guloseimas, evitando o desperdício”. Ela informa que existem dois tipos de mandioca: a mansa e a brava. A primeira é a conhecida macaxeira que é aproveitada in natura ou em pó e utilizada na produção de purês, bolos pudins, biscoitos, entre outros alimentos. Já a brava é usada na fabricação de farinha, goma e derivados como beijus, bolos e tapiocas.
Secom/PB