Com as fortes chuvas que caíram no último final de semana no Cariri paraibano e encheram os rios Taperoá e Boqueirão, o Açude de Boqueirão em Boqueirão, recebeu quase 17 milhões de m³ de água em cerca de 24 horas.
O reservatório responsável pelo abastecimento de Campina Grande e mais 18 municípios do Compartimento da Borborema, alcançou o volume de 101,44 milhões m³. Dados são da Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa)
Boqueirão recebeu nas últimas 24horas, 16,99 milhões de m³ de água, e ultrapassou os 21% de sua capacidade de armazenamento.
O volume do reservatório passou de 84,45 milhões de m³ de água para 101,44 milhões de m³, alcançando o volume maior que 100 milhões m³. O manancial está com aproximadamente 21,74% da sua capacidade total.
Conforme a agência, as águas que entraram no açude têm origem das chuvas que caíram em municípios do Cariri do estado desde a sexta-feira (31).O manancial havia recebido uma grande recarga de água pela última vez no começo de janeiro de deste ano. O volume passou de 68.669.436,52 milhões de m³ de água para 80.201.203,4, com cerca de 11 milhões de m³ de água também em menos de 24 horas.
Com capacidade para armazenar 411,686 milhões de metros cúbicos de água, o manancial foi inaugurado em 16 de janeiro de 1957 e logo se transformou na principal fonte de abastecimento de Campina Grande.
Segundo o especialista e recursos hídricos, Isnaldo Luna, que durante 20 anos monitorou o açude como gerente de bacias hidrográficas da Aesa, o açude de Boqueirão divide momentos de sangrias maravilhosas, mas também de secas terríveis.
Construído há 63 anos pelo Departamento Nacional de Obras Contra Seca (Dnocs), Boqueirão sangrou 18 vezes, nos anos de 1967, 1968, 1973, 1974, 1975, 1976, 1978, 198, 1984, 1985, 1986 e 1989. Depois ele passou 15 anos sem sangrar.
Severino Lopes
PB Agora