Água abundante e expectativas para uma nova sangria. Há 14 anos os paraibanos esperam por uma nova sangria do açude Epitácio Pessoa em Boqueirão. O manancial construído há mais de 60 anos pelo Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS) e que é responsável por abastecer mais de 1 milhão de paraibanos, não sangra desde 2011. Este ano, com a chegada das chuvas, e as cheias dos Rios Paraíba e Taperoá, Boqueirão vive uma nova expectativa de sangria.
Graças às chuvas que tem caído no Estado de forma abundante nos primeiros 20 dias de janeiro, o açude Epitácio Pessoa, já recebeu as duas primeiras recargas hídricas do ano. Segundo dados da Agência Executiva de Gestão das Águas (AESA), e Dnocs, o reservatório já aumentou 12 centímetros na lâmina d’água, o que representa um acréscimo de 3.380.073 m³.
Somente na primeira chuva do ano, o reservatório recebeu uma recarga de 1.663.143 m³. Em apenas dois dias, o manancial obteve um aumento de 13 centímetros na lâmina de água, ○ que representa uma recarga de ³.592.062 m3.
No acumulado dos últimos nove dias , entre 11 e 20 de janeiro, a lâmina d’água já subiu 34 centímetros, correspondendo a uma recarga de 9.483.671 m³.
O açude responsável pelo abastecimento de Campina Grande e mais 18 municípios do Compartimento da Borborema, amanheceu esta segunda-feira (20), com 239.814.722 m³, que representa 51,40% da capacidade total de armazenamento que é de 466.525.964 m³ (46,21%).
A expectativa é que este ano, o açude atinja a sua capacidade máxima e transborde. Construído pelo Departamento Nacional de Obras Contra a Seca em 1957, Boqueirão já registrou, pelo menos, 18 sangrias. A última sangria foi registrada em 2011. Elas foram notificadas nos anos de 1967, 1968, 1973, 1974, 1975, 1976, 1978, 198, 1984, 1985, 1986, 1989, 1999, 2004, 2005, 2006, 2008, 2009 e 2011. Na última vez que o açude atingiu a capacidade máxima, uma imensa cachoeira foi formada em torno do paredão do manancial.
Severino Lopes
PB Agora