A denúncia de assédio sexual por uma ex-funcionária da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Paraíba (OAB-PB), e seus desdobramentos, voltaram à tona após o afastamento do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo, que foi denunciado de ter cometido o mesmo crime contra uma funcionária da entidade máxima do futebol brasileiro.
O advogado criminalista Inácio Queiroz considerou que o afastamento de Caboclo foi “um tapa na cara” na OAB-PB, uma vez que, após a denúncia da ex-funcionária da Ordem, ela quem teria sido demitida enquanto o suposto assediador teria sido protegido pelos diretores.
“Medida correta, afastar o presidente por 30 dias para que se apure de forma imparcial o caso. Um tapa na cara da nossa OAB/PB, quando houve a acusação de assédio sexual por um dos dirigentes, demitiram a suposta vítima, mantiveram o acusado no cargo e o Conselho Estadual, formado, diga-se, por várias mulheres, ficaram inertes e silentes sobre o caso”, avaliou.
De acordo com a denúncia da mulher, o autor do assédio seria o advogado Assis Almeida, que à época era diretor da OAB-PB e hoje preside a Caixa de Assistência dos Advogados (CAA-PB).
Relembre o caso
Funcionária há mais de 20 anos na entidade, Lanusa Nazianzeno Ribeiro, a denunciante, foi demitida após fazer a denúncia. Na Justiça Trabalhista, ela conseguiu a indenização de R$ 157 mil a ser paga pela CAA-PB por assédio sexual, moral e verbas trabalhistas.
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