O rompimento de uma barragem do Cajueiro em Pocinhos, no Agreste paraibano e que deixou diversas famílias desalojadas, acendeu um sinal de alerta nas autoridades. A Agência Executiva de Gestão das Águas vai inspecionar outras barragens construídas de forma semelhante a que estourou, para evitar novas tragédias. Pelo menos duas barragens, construídas próximo da área urbana de Pocinhos, estão cheias, e podem transbordar a qualquer momento. A AESA vai investigar se esses reservatórios correm risco de rompimento. Uma das barragens foi construída em cima de várias casas, e um rompimento poderia causar uma tragédia de grandes proporções. Outros tanques estão sendo monitorados para evitar novos rompimentos.
A barragem que estourou na última quarta-feira, arrastou cinco casas, e deixou várias famílias desalojadas. As famílias passaram a noite em um alojamento improvisado pela prefeitura municipal, em uma escola do município, mas devem ser transferidas para outras casas. A parede do reservatório não suportou o volume da água das chuvas registradas na madrugada e estourou.
A suspeita é que a barreira do reservatório tenha cedido pela força da água acumulada nos últimos dias, quando chuvas fortes foram registradas. Segundo moradores, o reservatório estava cheio e algumas pessoas deixaram as casas antes do rompimento.
As vítimas seguem internadas no Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernadnes. Segundo o hospital, as vítimas são dois casais, um homem de 22 anos e uma adolescente de 17 anos; e um homem de 56 anos e sua esposa, de 51 anos.
A secretaria de Infraestrutura da Prefeitura Municipal de Pocinhos informou que os tanques foram construídos na década de 1970 pelo Poder Público, e que as casas também são construções antigas. Informou, ainda, que acompanha o caso e que está oferecendo assistência aos moradores, as realocando para locais seguros.
PB Agora