No próximo domingo (29) os eleitores de João Pessoa irão às urnas escolher o novo prefeito da cidade. Questões ambientais como o aumento da temperatura global, redução da poluição atmosférica e alternativas de substituição aos combustíveis fósseis (gasolina/diesel), grandes vilões do aquecimento global, são debatidas no mundo inteiro.
Diante deste cenário, o Sindicato da Indústria de Fabricação de Álcool na Paraíba (Sindalcool), que representa o setor produtivo de energia limpa por meio do etanol, enviou um documento aos candidatos que estão no pleito para saber suas propostas e posicionamentos em relação ao incentivo do etanol (biocombustível renovável, sustentável e limpo) e o compromisso dos prefeitáveis em reduzir a poluição atmosférica na cidade.
O documento traz dois questionamentos. O primeiro deles cobra um posicionamento referente ao Projeto de Indicação do vereador Damásio Franca Neto (PP), que foi aprovado no segundo semestre deste ano, e sugere o uso do abastecimento com etanol dos veículos tipo flex usados pela administração direta e indireta da Prefeitura Municipal de João Pessoa. O etanol é uma solução eficiente e acessível para a reversão dos impactos causados pelos combustíveis fósseis.
O segundo é referente à poluição atmosférica causada por “veículos pesados”, como os ônibus utilizados na frota do transporte coletivo, que ainda usam o óleo diesel. Muitas cidades já adotaram restrições a esse tipo de combustível e estão comprometidas no projeto de sensibilizar o mundo sobre a importância do uso do etanol no transporte público, que reduz em até 90% a emissão de material particulado lançado na atmosfera.
“Acreditamos na retomada verde para o Brasil, esperamos que as políticas públicas a serem adotadas em João Pessoa venham apoiar a Polícia Nacional de Biocombustíveis e a redução das emissões nos transportes. O Conselho Nacional de Justiça recomendou que as prefeituras e governos dos estados adotem compras sustentáveis evitando materiais e combustíveis mais poluentes. As cidades precisam adotar a sustentabilidade em todas políticas e programas de governo”, afirma o presidente do Sindalcool, Edmundo Barbosa.
A capital paraibana possui resquícios de Mata Atlântica e sua rica biodiversidade, além de ser uma das capitais nordestinas com grande potencial de desenvolvimento econômico. Ficar de fora da “agenda verde” e desprestigiada por projetos que favoreçam iniciativas sustentáveis seria um grande prejuízo à população. O Sindalcool continua aguardando o retorno dos candidatos sobre as questões levantadas.
PB Agora