As águas do rio São Francisco voltaram a ser bombeados após meses de paralisação do sistema em virtude de obras complementares nos açudes de Poções e Camalaú.
De acordo com informações do engenheiro Isnaldo Costa, as águas já cruzaram o município de Caraúbas e adentraram nos limites de São Domingos do Cariri.
Nesse ponto a água está a 50 quilômetros de chegar ao açude de Boqueirão e pela maneira como está seguindo, deverá se encontrar com as águas do manancial em 30 dias.
Em março do ano passado, o Ministério Público Federal (MPF) em Monteiro, no Cariri paraibano, recomendou a suspensão da operação do sistema de bombeamento de águas da transposição do Rio São Francisco, no eixo leste, , junto à Secretaria de Infraestrutura Hídrica do Ministério da Integração Nacional. A recomendação pede que a operação fique suspensa pelo período necessário para realização de intervenções nos açudes de Poções e Camalaú.
Em setembro do ano passado, o sistema de bombeamento do eixo leste do projeto de transposição das Águas do Rio São Francisco foi religado, após a execução de obras em Poções e Camalaú. O desligamento começou de forma gradativa no dia 20 de março por uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF). A recomendação pedia que a operação ficasse suspensa pelo período necessário para realização de intervenções nos açudes de Poções e Camalaú.
Dias após ser religado, o bombeamento das águas da transposição do rio São Francisco, foi suspenso de novo.
A previsão da Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa-PB) era que as águas cheguem em 20 dias ao açude Epitácio Pessoa.
No período em que os municípios abastecidos pelo açude Boqueirão estavam na iminência do colapso total de água, o Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs) encontrou como solução imediata a execução de um canal escavado através dos vertedouros das barragens Poções e Camalaú, permitindo assim a passagem das águas do Rio São Francisco para Boqueirão em caráter provisório e emergencial.
Porém, de acordo com a coordenadora do grupo de trabalho da transposição do rio São Francisco na Paraíba, a procuradora Janaína Andrade, se os órgãos gestores da transposição pretendem garantir o fornecimento de água com segurança para as cidades, é indispensável a conclusão das obras nos açudes Poções e Camalaú.
A vazão de água da transposição do Rio São Francisco que chega à Paraíba é insuficiente para atender a demanda hídrica do estado, segundo o presidente da Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa) da Paraíba, João Fernandes.
Após séculos de espera, a Paraíba começou a receber, os primeiros metros cúbicos de água da transposição do Rio São Francisco, no eixo leste, em março de 2017 e inundou o açude Epitácio Pessoa que na época estava com 2% de sua capacidade de armazenamento.
Severino Lopes
PB Agora
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