Categorias: Paraíba

Amatra 13 também emite nota de pesar

PUBLICIDADE

 NOTA DE PESAR E ATENÇÃO

No final da noite do dia 11.08.2011, nas
proximidades do condomínio onde residia em Niterói, a juíza estadual
Patrícia Lourival Acioli, 47 anos, foi assassinada com pelo menos quinze
disparos de arma de fogo, falecendo no local. A magistrada era titular
da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo/RJ e fora responsável pela prisão de
vários réus acusados de participação em crimes de milícia. Seu nome já
constava de uma lista com doze “alvos marcados” que a polícia fluminense
apreendera em janeiro deste ano, em poder de suposto líder de grupo de
extermínio investigado por cerca de quinze homicídios na região.

A despeito das ameaças sofridas, a juíza não tinha escolta no momento do
crime. A escolta fora retirada pelo seu tribunal, segundo familiares; ou
a juíza não a teria pedido, segundo certa nota oficial. Cabe indagar,
porém: diante de tantas evidências, às raias da notoriedade, havia
necessidade de um pedido formal?

A Associação dos Magistrados da
Justiça do Trabalho da 13ª Região – AMATRA 13 manifesta publicamente, em
nome dos juízes do Trabalho da 13ª Região, as suas condolências aos
familiares e amigos da colega Patrícia Lourival Acioli.

Registra,
ademais, sua profunda indignação e justificada apreensão com as
condições de segurança institucional a que atualmente se sujeitam
magistrados de todo o país e de todas as jurisdições, especialmente nas
fileiras do primeiro grau, naturalmente mais desguarnecidas e
vulneráveis, tanto pelo seu número como pela sua dispersão geográfica e
pela sua proximidade com os conflitos reais.

Já tarda a hora em que os
poderes constituídos discutirão com seriedade uma política consistente
de segurança judiciária, que considere inclusive esforços de renovação
legislativa e efetivos compromissos orçamentários.

Quando o Estado
brasileiro já não conseguir garantir a integridade física e a
tranquilidade psicológica dos agentes que o representam na aplicação
concreta da lei, já não haverá juiz independente. Já não haverá Poder
Judiciário forte. Já não haverá, propriamente, Estado.

Que a memória
de Patrícia doravante seja uma bandeira de altivez, espelhando o que
Patrícia foi em vida. Pela dignidade do Estado. Pela dignidade da
pessoa.

João Pessoa, 13 de agosto de 2011.

Juiz ADRIANO MESQUITA
DANTAS

Presidente da Amatra 13

Ascom

PUBLICIDADE

Últimas notícias

Tião diz que cumpriu missão na vice-presidência da ALPB e agora quer vaga no TCE

O deputado estadual Tião Gomes (PSB) confirmou, nesta terça-feira (26), que cumpriu sua missão na…

26 de novembro de 2024

EXCLUSIVO: Em meio à disputa de poder com Cb Gilberto no PL, Bruno Roberto descarta saída de Wellington Roberto para o PP

Bruno Roberto, filho do deputado federal e presidente do PL na Paraíba, Wellington Roberto, desmentiu…

26 de novembro de 2024

Reclamações e denúncias contra a Unimed João Pessoa disparam por negativas de exames e cobranças indevidas

O número de reclamações contra a Unimed João Pessoa tem crescido significativamente nos últimos meses,…

26 de novembro de 2024

Eleito vice-presidente da ALPB, Felipe Leitão pede cautela sobre presidência em 2026

O deputado estadual Felipe Leitão (PSD) foi eleito nesta terça-feira (26) vice-presidente da Assembleia Legislativa…

26 de novembro de 2024

Adriano Galdino é reeleito presidente da ALPB para o biênio 2025-2026 por aclamação

Na sessão desta terça-feira (26), a Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) realizou a eleição da…

26 de novembro de 2024

Tovar não descarta disputa por vaga na Câmara em 2026, mas reafirma que preferência ainda é de Romero

O deputado estadual Tovar Correia Lima (PSDB) admitiu, nesta terça-feira (26), a possibilidade de disputar…

26 de novembro de 2024