A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) definiu as tarifas para o transporte de água bruta do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF) em 2024. A medida é necessária para o início da operação comercial do projeto e os custos serão divididos entre os estados beneficiados: Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte.
A Paraíba terá que desembolsar R$ 79,5 milhões para custear o transporte da água do São Francisco. No total, o custo previsto para o ano é de R$ 273 milhões, sendo R$ 84,5 milhões para o Ceará, R$ 80,9 milhões para Pernambuco e R$ 28,1 milhões para o Rio Grande do Norte.
As tarifas estabelecidas pela ANA são de R$ 0,302 por metro cúbico para a disponibilidade da água e R$ 0,208 por metro cúbico para o consumo. O objetivo da cobrança é cobrir os custos do empreendimento, como energia elétrica utilizada no bombeamento da água.
Atualmente, a água do PISF é fornecida pela União em regime de pré-operação. No entanto, espera-se que contratos sejam assinados entre a União e os estados para o início da operação comercial, conforme acordo firmado entre o Ministério da Integração e os governadores em 2023.
O PISF visa levar água potável para 12 milhões de pessoas em 390 municípios dos estados beneficiados, incluindo comunidades rurais. O projeto abrange a construção de aquedutos, estações de bombeamento, reservatórios, túneis, subestações de energia e linhas de transmissão nos Eixos Leste e Norte.
Com a definição das tarifas, espera-se que os contratos para a operação comercial do PISF sejam assinados em breve, dando início a um novo capítulo na história da transposição do São Francisco. A água do Velho Chico será fundamental para garantir a segurança hídrica de milhões de pessoas no Nordeste, especialmente em períodos de seca.
O PISF representa um investimento significativo em infraestrutura hídrica para o Nordeste. A construção de aquedutos, estações de bombeamento e reservatórios trará benefícios não apenas para o abastecimento de água, mas também para a geração de emprego e renda.