Pelo número de partidos que acenam para uma composição com a pré-candidata do Podemos, em Campina Grande, Ana Cláudia Vital do Rêgo, ela se prepara para enfrentar seu primeiro ‘problema’ para administrar – a indicação do vice. Não pela falta de opção, mas, ao que tudo indica, pelo excesso de egos envolvidos.
Cidadania, PRTB, PDT, PTB, entre outras legendas que podem integrar o arco de aliança, não apenas têm peso, como também têm nomes aptos para figurar como companheiro de chapa da ex-secretária. Há também o Democratas, que ainda em julho desse ano foi lembrado com o nome do empresário Felipe Gaudêncio, para compor a chapa. O partido, todavia, até agora não definiu com quem marchará no pleito desse ano, na cidade.
Ana, por sua vez, não deve fazer da escolha um motivo de cizânia no grupo, mas o papel de moderadora de conflitos, colocando os devidos pesos na balança para preservar a harmonia em sua base. Nesse conflito, não há lado negativo. Escolher entre muitos é melhor do que não ter nenhum para escolher.
Além disso, se eleita, terá toda uma estrutura administrativa para montar, que carecerá de pessoas capacitadas, e de confiança, para comandar os destinos da Rainha da Borborema.
A indicação do vice não será problema, mas uma solução a ser compartilhada e comemorada dentro do grupo.
Entre as possibilidades de opções para vice figuram ainda Renato Feliciano, pelo PDT, Bruno Faustino, pelo PTB e Laerte Melo, pelo Cidadania. Há quem diga ainda que existam outros nomes que articulam a aliança nos bastidores e podem ser ungidos como uma espécie de carta na manga nessa reta final que antecede as convenções.
Enquanto em Campina Grande a situação parece estar confortável para Ana Cláudia (Podemos), no tocante a escolha do vice, em João Pessoa a indicada pelo prefeito Luciano Cartaxo (PV), professora Edilma Freire (PV), enfrenta uma realidade reversa. Tem a mesma pretensão – o governo municipal – mas não a mesma sorte. Isso porque a menos de 15 dias para a realização das convenções, ela ainda sofre com a pouca adesão de partidos e também com a ausência de nomes fortes para composição da chapa majoritária.
Se continuar assim, o PV em João Pessoa fará uma campanha eleitoral em ritmo de contagem regressiva reduzido, já que o partido do prefeito conta com apenas seis segundos de tempo de guia eleitoral na TV.
Será seis, cinco, quatro, três, dois, um…Fim da linha! Quase uma aparição comercial da Jequiti!
Essa semana, durante entrevista, o prefeito Cartaxo chegou, inclusive, a fazer um desabafo sobre a pressão em cima de vereadores de sua base que gostariam de marchar ao lado da candidata do PV, mas estariam recebendo retaliações dos partidos de que são filiados. Para o prefeito, ninguém pode obrigar ninguém a votar no candidato que não se quer votar, nem mesmo o partido.
A declaração do Cartaxo, no entanto, não vale para aqueles filiados do PV que, por ventura, cogitem apoiar outra candidatura que não seja a de Edilma Freire.
“Os vereadores estão na nossa bancada e a incoerência está nos partidos, que depois de oito anos na nossa bancada estão querendo levar os nossos vereadores para votar em outro candidato”, relatou.
O Solidariedade na Paraíba está levando a sério o nome da legenda. O partido, que tem uma pré-candidatura própria à prefeitura da Capital, com o nome do vereador João Almeida, anunciou o nome de Eduardo Pedrosa, que é primo do ex-deputado federal Benjamin Maranhão, para coordenação de campanha. Entre os adversários, o SD terá o MDB, que lançou o apresentador Nilvan Ferreira (MDB) para a disputa com o apoio do tio de Benjamin – nada mais nada menos que o senador Zé Maranhão (MDB). E, para completar, o presidente estadual do partido, Manoel Júnior, mantém conversas amistosas, em clima de solidariedade, com o pré-candidato do PSDB, Ruy Carneiro, sobre possíveis composições na disputa pela sucessão na Capital.
Após as figuras do primeiro escalão, a exemplo de Socorro Gadelha e Diego Tavares, agora quem começa a abandonar o barco do prefeito Luciano em João Pessoa são os integrantes do segundo escalão. Além de Eduardo Pedrosa, que deixou a Secretaria executiva de Administração, Djalma Pereira, que era secretário executivo do Meio Ambiente, ligado ao Progressistas, também deu adeus ao cargo, só que, diferentemente de Dudu, saiu para se alinhar a Cícero Lucena (PP).
O último que sair, apague a luz!
Márcia Dias
PB Agora
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