Passados quase oito anos com a caneta na mão, o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PV), viveu seus tempos de glória, mas agora vivencia uma contagem regressiva que o deixará sem poder algum. Sem mandato, sem parentes com mandato, e até mesmo sem aliados – muitos os quais debandaram nos últimos dias – o prefeito agora é um lobo solitário. E o pior – dependente de adversários. Vê no PSB do ex-governador Ricardo Coutinho uma espécie de sobrevida, mas que também pode virar um tiro pela culatra.
Assim como Cartaxo, os girassóis até podem fazer a aliança dando ao PV mais uns segundos na exibição do guia eleitoral, mas podem lançar mão de um nome desconhecido e nunca testado para ocupar a vice – o da presidente da sigla em João Pessoa, Cassandra Figueiredo. Ou seja, os primeiros guias servirão apenas para tentar explicar quem é a dupla feminina que se apresentaria para gerir os destinos da Capital pelos próximos quatro anos. São servidoras públicas e têm seus méritos, mas pela própria história da política, para galgar uma trajetória nesse meio é necessário mais que isso.
O cenário é medíocre (no sentido de mediano. Nem bom nem mau). Além do PSB, partidos como PSDB de Ruy Carneiro, PRTB de Eduardo Carneiro, o MDB de Nilvan Ferreira, entre outros, apesar de terem lançado uma pré-candidatura, ainda seriam uma esperança de composição, mas apenas se o PV estivesse disposto a declinar da cabeça de chapa. Tese que Cartaxo já descartou. O prefeito prefere seguir isolado e ir até o fim com a pré-candidatura da concunhada. Se perder, não terá aliados na política, mas ratificará a sintonia em família.
Mas, alguém já parou para pensar o porquê de tantos aliados estarem virando as costas hoje para Cartaxo? Será que todos são ingratos, ou será que todos foram enganados pelas promessas de Cartaxo?
O que se sabe é que todos têm uma certeza. Cartaxo, em janeiro de 2021, não é mais prefeito. Será citado apenas como presidente do PV na Paraíba.
Partido com o segundo maior tempo de guia eleitoral, o PSL virou uma noiva cobiçada em João Pessoa, sendo assediado pelas principais pré-candidaturas na cidade, inclusive a do Progressistas, do ex-senador Cícero Lucena. Alerto para o ‘inclusive’ porque em um passado não tão distante Julian Lemos esbravejava críticas contra o deputado federal Aguinaldo Ribeiro, que é o principal líder do Progressistas na Paraíba. Assim, é difícil imaginar esses dois parlamentares defendendo o mesmo palanque em uma eleição municipal.
Apesar de filiados do PSL, a exemplo do deputado estadual Cabo Gilberto e do deputado estadual Moacir Rodrigues, terem aderido a outras pré-candidaturas, quem vai bater o martelo sobre o apoio e o valioso tempo do partido será Julian Lemos. É ele quem é o presidente e será ele quem dará a palavra final. Nesse cenário, quem mais tem chances de emplacar o apoio é o PRTB, com a pré-candidatura de Eduardo Carneiro, e o DEM, com a pré-candidatura do ex-deputado Raoni Mendes. Para qualquer dos lados, o PSL garante com facilidade a vaga de vice.
Preteridos de Cartaxo na disputa pela sucessão na Capital, os ex-secretários Socorro Gadelha, Diego Tavares e Daniella Bandeira, agem como se tivessem engolido muito ‘sapo’ enquanto secretários da gestão Luciano Cartaxo (PV) e agora dão seu grito de independência, ao optar pelo nome de Cícero Lucena (PV). Eram secretários com Cartaxo e como conhecem bem as pastas em que atuaram, mexem as peças desse xadrez político para tentar continuarem com postos de secretários na próxima gestão, só que, dessa vez, ao lado de outro gestor. Claro, se ele vencer.
A oito dias do prazo final para as convenções municipais, apenas dois pré-candidatos definiram o nome que vai ocupar a vaga de vice na chapa, das 14 pré-candidaturas postas na disputa pela prefeitura de João Pessoa. Trata-se do PSTU, da pré-candidata Rama Dantas e do PSOL, do pré-candidato Pablo Honorado.
No último sábado, durante convenção, o PSTU oficializou o nome de Lissandro Saraiva, mais conhecido por Tanque como seu vice. Já o PSOL definiu desde julho o nome de Soraya Correia como companheira de chapa. A convenção do partido acontece hoje.
Os demais pré-candidatos ainda usam a vice como moeda de troca e depositam no prazo final para a definição a chance de atrair mais aliados.
O debate sobre a reforma administrativa coloca a estabilidade conquistada pelo servidor público por um fio. Em todo lugar, há bons e maus profissionais. Ninguém defende mau servidor. Mas é preciso que haja uma reforma administrativa justa. Questionar a estabilidade de quem se dedicou anos a fio para disputar em pé de igualdade, por mérito, uma vaga no serviço público é no mínimo defender o patrimonialismo.
Sem estabilidade o servidor ficará a mercê de conchavos, picuinhas e animosidades com o inquilino do poder
Já existem alternativas previstas em lei para os maus servidores. Todo ano, centenas são demitidos por errarem. Agora, veja quantos magistrados são demitidos e quantos políticos são cassados e depois se pergunte de novo onde está o problema e quem deveria ser atingido por esta reforma?
A desinformação é o princípio da dominação que os políticos têm sobre a população.
Márcia Dias
PB Agora
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