A reforma da Previdência apresentada pelo governo Federal em 2019, e aprovada pelo Congresso naquele mesmo ano, foi algo nocivo à sociedade, pelo menos do ponto de vista do cidadão. Na mesma cartilha observatória, muitos economistas, sociólogos, líderes sindicais e sociedade ativa como um todo criticaram as mudanças.
E tal expediente é lógico. Nenhum trabalhador deseja ver seus direitos “guilhotinados”. E foi a equipe econômica do ministro da Economia, Paulo Guedes, que colocou no pacote uma bomba relógio para Estados e municípios. Dentre as exigências está um dispositivo que os entes se adequem as alíquotas de contribuição aos Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS).
Sem as mudanças, governadores e prefeitos ficariam sem o chamado “certificado de regularidade previdenciária”, um selo de permissão para transferências voluntárias de recursos pela União.
Sem o certificado, estados e municípios também não conseguem aval do Tesouro Nacional para a tomada de empréstimos. As exceções são o FPM e o FPE, que são obrigatórias e concentram a maior parte dos repasses aos entes.
Com o inevitável “torniquete” imposto por Guedes e demais membros da equipe econômica do Presidente Jair Bolsonaro (sem partido), as discussões para o novo Regime Previdenciário foram iniciados ano passado em solo paraibano, havendo sessões na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) com entidades de classe para se chegar a um denominador comum. Destaques foram apresentados e suavizaram o texto enviado pelo Executivo para ser aprovado pelo Poder Legislativo.
Texto aprovado em primeiro turno na ALPB
E assim foi discutido à exaustão todo o imbróglio entre deputados governistas, oposicionistas, e os que integram o chamado G11, grupo que tem certa autonomia ao Palácio da Redenção, até chegarem a uma decisão. A ALPB aprovou, na quarta-feira (12), em 1º Turno, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 20/2019, de autoria do Poder Executivo. O placar foi de 24 votos a favor, contra 12 contrários à proposta.
O expediente disciplina o Regime de Previdência Social dos servidores públicos do Estado e prevê regras de transição. Ao todo, sete emendas apresentadas foram aceitas. A PEC foi apreciada em sessão extraordinária realizada através de videoconferência.
Tendo na relatoria o líder do governo na Casa, deputado Ricardo Barbosa (PSB), foi posto por ele que, além das normativas impostas pelo governo federal, a Paraíba, como os demais estados brasileiros, estão passando por graves crises financeiras, não havendo outras possibilidades para que a Previdência estadual mantenha o regime que hoje vigora.
Objetivo, Barbosa declarou que a folha de pagamento da PBPrev em julho deste ano superou a arrecadação em R$ 114 milhões, com isso, somando todas as despesas, o Governo do Estado precisou repassar para a PBPrev o valor de R$ 136 milhões. “Já há um déficit sobre o mês de julho de R$ 136 milhões que foram repassados pelo governador João Azevêdo ao tesouro, à Secretaria da Receita, no sentido do pagamento em dia, como vem sendo cumprida a folha de pensionistas e aposentados”, explicou o relator.
E seguiu Ricardo Barbosa revelando que nos últimos 12 meses o Governo Estadual já injetou na PBPrev mais de R$ 1,6 bilhão. Já para o próximo ano, ainda segundo o relator, a previsão de rombo da PBPrev em relação ao seu fluxo de caixa para o fim de 2020 será da ordem de mais de R$ 1,4 bilhão.
“Caso a reforma não fosse aprovada nos termos na qual se encontra e que foi aprovada na Comissão Especial, acolhendo quase 50% das Emendas apresentadas, teríamos uma situação insustentável com a iminente impossibilidade de pagamentos de aposentadorias e pensões de servidores, como já ocorre em alguns estados”, declarou o deputado.
As contradições de Cabo Gilberto, Walber Virgolino e a coerência de Moacir Rodrigues
A bancada bolsonarista na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) segue os refrões e estribilhos cantados e decantados pelo presidente Jair Bolsonaro. Assim como o chefe do Executivo Federal, o deputado Cabo Gilberto (PSL) mantém um discurso radical em relação às suas ações políticas, muitas vezes polêmicas e questionáveis.
O mesmo acontece o deputado Walber Virgolino (Patriotas). Polêmica está em seu repertório enquanto parlamentar. O mais centrado e discreto é Moacir Rodrigues (PSL). Como seu pares “bolsonarianos”, assumiu um discurso nas eleições de 2018 exaltando a família, ordem e progresso, em acentuado ufanismo brasileiro.
E nesse jogo de “fidelidade”, o único integrante da ala “bolsonarista” que votou favorável à Reforma foi Mocir Rodrigues, alegando que estaria sendo dúbio ao apoiar a Reforma Federal e ser contrário a do Estado. Walber Virgolino e Cabo Gilberto, que apoiaram a proposta de Bolsonaro, parida pelas mãos de Paulo Guedes, foram contrários ao que o Executivo paraibano apresentou.
E aí, para encerrar, vou pegar uma expressão mineira para definir o posicionamento de Cabo Gilberto e Virgolino: “UAI! TENDI NADA!
Eliabe Castor
PB Agora
Dois irmãos foram presos suspeitos de agredirem uma mulher grávida com um pedaço de madeira,…
Em entrevista na noite de ontem (25), ao programa 60 Minutos, do Sistema Arapuan de…
Uma operação da Polícia Militar foi realizada recentemente no bairro do Rangel, em João Pessoa.…
Por meio de decisão o Juízo da 2ª Vara Mista de Itaporanga determinou que os…
O Tribunal do Júri de João Pessoa condenou, ontem (25), Danilo Santos da Silva, de…
Coordenada pelo Exercito, a Operação Carro-Pipa foi suspensa ontem, segunda-feira (25/11) em todo o território…