Esta campanha eleitoral em curso é totalmente atípica. Sob todos os pontos de vista, inclusive, o da cobertura jornalística.
Com o isolamento e o distanciamento sociais decorrentes da pandemia, praticamente ficou inviabilizada a atividade presencial dos jornalistas em contatos diretos com suas fontes, assim como a sua circulação nas rodas políticas, essenciais na apuração dos fatos para compor uma ideia mais precisa do contexto político.
Em meio a tanta dificuldade, o jornalista quase que tateia no escuro na tentativa de detectar, sobretudo, os fatos importantes que transcorrem nos bastidores da política.
Faltando apenas seis dias para a realização das eleições municipais, portanto, em João Pessoa percebe-se um quadro ainda nebuloso em que só se dá como praticamente certa a ida do candidato Cícero Lucena para o segundo turno. Quem irá disputar com ele, no entanto, permanece uma incógnita.
Números
Afora isso, é notório que, a preço de hoje, o cenário é bem diferente do que se vislumbrava, por exemplo, há cerca de quinze dias. Nomes que eram dados como favoritos para estarem com Cícero no segundo turno hoje são uma dúvida para todos que acompanham de perto o cenário político.
Nas rodas de apostas do Ponto de Cem Réis, ninguém ousa apostar algum valor mais expressivo sobre este ou aquele candidato que estará no segundo turno.
Pode até que haja favoritíssimos a irem para o turno seguinte das eleições, só que ninguém ousa arriscar prognósticos.
Palmo a palmo
O clima político em João Pessoa denota que há uma disputa palmo a palmo entre dois ou três outros candidatos que poderão estar no segundo turno com Cícero Lucena.
Esta será uma semana decisiva para estes candidatos que estão na disputa pela segunda vaga no turno seguinte da eleição. O corpo a corpo está sendo intensificado e as campanhas nas mídias sociais, da mesma forma.
USA
O mundo começou a respirar mais aliviado desde o final da semana passada, com os resultados das eleições presidenciais dos Estados Unidos. Sobretudo os setores mais alinhados ao centro e à esquerda, comemoraram os números emanados das urnas norte-americanas.
Para muitos, não tem o menor sentido nós, brasileiros mortais, estarmos vibrando com o resultado das eleições dos States.
Mas há um fato muito importante: a comemoração não é pela vitória de Biden, mas pela derrota de Trump.
Porque Trump representa a misoginia, o preconceito racial, o desprezo aos latino-americanos e outros povos, além dos imigrantes, que ele não considera gente.
A derrota de Trump significou a perda do mal à democracia, aos direitos humanos etc. e tal.
Desmoralizado
Trump saiu do pleito desmoralizado. É o primeiro presidente dos Estados Unidos a perder duas eleições no voto popular, desde o século XIX.
É bom lembrar que ele perdeu a primeira no voto popular para a ex-primeira-dama Hillary Clinton, embora tenha ganho no colégio eleitoral. Desta vez, ele perdeu em tudo.
Também é digno de registro que, embora os norte-americanos há anos tenham desistido de ir às urnas em número considerável, desta vez foram em massa, para defenestrar Trump do poder.