A chegada do 5G, a quinta geração da tecnologia de rede de internet móvel, vem sendo bastante aguardada no Brasil. A expectativa é que a nova tecnologia consolide o conceito de sociedade hiperconectada, possibilitando que vários aparelhos estejam sempre disponíveis e conectados à uma rede com maior capacidade de armazenamento, melhor taxa de transmissão de dados, qualidade de serviços, entre outros benefícios.
Tantas vantagens, entretanto, trazem também novas preocupações, entre elas, a segurança do sistema. Afinal, quanto maior a conectividade de pessoas e atividades produtivas, maiores os riscos de falhas e, principalmente, de ameaças às estruturas sociais, políticas, econômicas e militares.
Pensando nisso, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) firmou um Termo de Execução Descentralizada (TED) com a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) para realização de estudos sobre segurança cibernética nas redes de telecomunicações, em especial, na rede 5G.
Segundo a área técnica da Anatel, a escolha da UFCG se justifica pela tradição da universidade na vertente tecnológica. O valor para execução do contrato é de R$ 3,183 milhões com tempo de execução em 20 meses, com previsão de início dos trabalhos já nos primeiros meses de 2022.
Sob coordenação técnica dos professores Edmar Gurjão e Danilo Santos, da Unidade Acadêmica de Engenharia Elétrica (UAEE), o projeto contará com a participação de pesquisadores do Virtus, o Núcleo de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Tecnologia da Informação, Comunicação e Automação, um órgão suplementar da UFCG, além de outros pesquisadores da UAEE e da Unidade Acadêmica de Sistemas e Computação (UASC), e de outras instituições, como o Instituto Federal da Paraíba (IFPB) e Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
De acordo com o professor Danilo Santos, o tema de segurança cibernética é muito amplo. Deste modo, o projeto foi organizado em pacotes de investigação. “Serão abordadas áreas como a segurança para Internet das Coisas em 5G, a camada de virtualização de serviços e redes, os impactos da segurança 5G nos serviços em nuvem, camada física de transmissão, entre outras áreas. O objetivo é que cada pacote investigue aspectos específicos de segurança dentro do seu escopo, sempre de modo coordenado entre eles”, explica.
Ele destaca ainda a importância dessa parceria para o desenvolvimento dos alunos e o desempenho do papel social da Universidade.
“O 5G vai ser um dos principais vetores de desenvolvimento tecnológico no país nos próximos anos. Na UFCG, já realizamos pesquisas e projetos na área, como os projetos realizados pelo Virtus/UFCG em parceria com empresas e outras instituições. Agora, com a parceria com a Anatel, esperamos fomentar cada vez mais a UFCG como um dos principais vetores de inovação e colaboração científica no país, fortalecendo nosso papel como universidade, no retorno à sociedade de nossos estudos, assim como viabilizando que nossos estudantes tenham cada vez mais acesso a novos conhecimentos e experiências”, ressalta.
Com Ascom UFCG