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Anísio sobre RC: “O pouco do apoio que ele tinha dentro do PT, perdeu”

Com a candidatura já homologada durante convenção realizada na noite de ontem, quarta-feira (16), na disputa pela prefeitura de João Pessoa, o deputado estadual Anísio Maia, do Partido dos Trabalhadores, durante entrevista nesta quinta-feira (17), não poupou críticas ao ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) por agir nos bastidores para pressionar, de forma autoritária e até ‘coronelesca’, a legenda a apoiar seu nome em detrimento do próprio PT.

Maia deixou claro que irá recorrer tanto politicamente quanto juridicamente para ter o direito de ser candidato à sucessão municipal na Capital e não aceitará ser subordinado do PSB.

“Nós vamos resistir. Não aceitamos um candidato imposto, um candidato dele mesmo. Nós aceitaríamos o processo se juntasse todos e debatêssemos, trocassem ideias, propostas, mas dessa forma ‘coronelesca’, autoritária, nós não nos submeteremos e portanto vamos questionar na justiça e politicamente. E digo mais, pelo que ele fez agora, o pouco apoio que ele tinha dentro do PT perdeu. Acho muito difícil ter uma liderança do PT que se submeteria a um vexame de ser vice nessas condições. Parece a história do coronel que botava os filhos para casar sem eles nem se conhecer a esposa, vamos ser obrigados a participar de uma chapa que não queremos, portando nossa mensagem é de muita luta e disposição. Temos direito de ser candidato. Não vamos aceitar imposição”, avisou.

Indagado se aceitaria ser o vice de Ricardo caso o pedido fosse feito pessoalmente pelo ex-presidente Lula, Maia manteve o mesmo pensamento de respeito ao correligionário, mas deixou claro que de forma nenhuma acataria a proposta, pois não estaria sendo pedido outra coisa senão a dignidade.

“Eu diria, companheiro Lula, já lutamos juntos, já participei de seu governo no Ministério da Pesca, me peça tudo, menos a nossa dignidade. Resistir é uma questão de dignidade política, não de Anísio Maia, mas da militância petista, que tem muito orgulho de ser um militante com coerência. Não tenho medo de nenhuma liderança pode ser qualquer tamanho. Eu não faço da política uma carreira solo. A candidatura pertence ao diretório e eu continuo candidato”, emendou.

As declarações de Maia repercutiram no programa Arapuan Verdade.

PB Agora

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