Ao longo do tempo, com a chegada do progresso e a necessidade de ampliar os espaços urbanos, pelo menos quatro igrejas que existiam no Centro de João Pessoa tiveram que ser demolidas. Das antigas construções, restam apenas alguns registros fotográficos e os relatos de quem se aprofundou na história dos templos religiosos.
A última a ser extinta foi a Igreja das Mercês, há 74 anos. “A Igreja das Mercês foi demolida no ano de 1945. Ela ficava localizada bem no meio da Praça 1817, paralela à Assembléia Legislativa, com a frente virada para a Praça”, comentou Augusto Moraes, coordenador de Cultura da Arquidiocese da Paraíba.
Ele contou que, após a demolição, a igreja foi substituída pela construção atual. O novo templo que ganhou o mesmo nome fica na Rua Padre Meira, também no Centro da Capital, descida para a Lagoa.
Pouco conhecido, o primeiro templo a ser demolido, no entanto, foi a Igreja Ermida dos Presos, que ficava no prédio onde funcionou o antigo Cinema Municipal, na Rua Visconde de Pelotas, esquina com a Rua Barão do Abiaí. Em frente, conforme contou o coordenador, ficava a antiga cadeia pública. Desta igreja não existe nenhuma referência fotográfica. O templo foi demolido no século XIX.
Outra igreja que também deixou de existir foi a do Rosário dos Homens Pretos, que ficava no atual Ponto de Cem Réis. O prédio havia sido erguido no século XVIII. “Naquela época, existia a Irmandade do Rosário, que foi extinta porque o Brasil se tornou laico. Após a Proclamação da República, as irmandades foram se desfazendo”, ressaltou.
A Igreja do Rosário dos Homens Pretos foi demolida por conta da necessidade de urbanização e ocorreu no governo de Camilo de Holanda. “Ele achou por bem solicitar ao bispo e houve uma negociata. A igreja foi vendida à prefeitura, que demoliu e construiu outra. Aliás, todas as igrejas demolidas eram reconstruídas em outro local”, frisou.
Redação
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