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Antropologia Visual: Iphaep debate arte de rua em JP

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Quem passa pelo bairro de Tambaú, em especial pela rua Coração de Jesus, nas imediações da Feirinha, não deixa de observar uma das características do local: uma série de grafites, que estampam as paredes e transformam a rua numa galeria de arte a céu aberto. Nesta quarta-feira (6), a arte de rua do bairro será debatida pelos pesquisadores do Núcleo de Antropologia Visual do Iphaep – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba. O evento tem entrada franca e acontece a partir das 14h, na Galeria Uban Arts (Av. Edson Ramalho, 1037 – Manaíra). A palestrante é a historiadora Márcia de Albuquerque, tendo como debatedores: Cassandra Figueiredo (arte-educadora) e Carlos Alberto Azevedo (antropólogo).

“O chamado Baixo Tambaú, localizado próximo à Feirinha de Tambaú, desde o ano passado tem sido alvo de frequentes investigações etnográficas por parte de historiadores, arquitetos e urbanistas e etnógrafos do Iphaep”, explica a gestora do patrimônio estadual, Cassandra Figueiredo. “Este encontro é, exatamente, uma apresentação das pesquisas in loco à comunidade pessoense, enfocando, principalmente, o resultado sobre a da arte de rua e a rica grafitagem encontrada na região”.

Segundo lembra Cassandra, mais recentemente, já neste ano de 2018, o Núcleo de Antropologia Visual do Iphaep voltou ao local e resgatou, em particular, o trabalho do grafiteiro Múmia. Os desenhos dele chamam a atenção pelo colorido dos traços e a movimentação dos personagens, numa clara influência do movimento hip-hop.

“Outras ‘descobertas’ de arte de rua são por conta da atuação intensa do Coletivo daqui e de Pernambuco, com destaque para o Coletivo CAMO, que tem a atuação dinâmica da fotógrafa Sara A”, revela o antropólogo Carlos Azevedo.

Antropologia – O Núcleo de Antropologia Visual do Iphaep surgiu em fevereiro de 2017, tendo como participantes: Carlos Azevedo, Cassandra Figueiredo, Márcia de Albuquerque, Edvaldo Lira e Thamara Duarte. Através do suporte da antropologia visual, a ideia do Núcleo é dar respaldo às pesquisas do Instituto do patrimônio estadual, nas áreas de arquitetura e urbanismo e história e etnografia.      

Atualmente, a equipe do Núcleo vem centrando suas atividades na área de delimitação do Centro Histórico de João Pessoa, buscando interpretar as imagens visuais da área (grafite e pichação). Já em Tambaú, considerado um dos pontos da boemia pessoense, o trabalho vem estudando, sistematicamente, os aspectos culturais e artísticos da região.

 PB Agora

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