“Essa retomada tem que ser tranquila, gradual, baseada em números, para que não necessitemos recuar. E tenho certeza que conseguiremos fazer isso com o apoio da sociedade civil e organizada. Não há lockdown, isso é fake, por hora o isolamento é mais rígido, para que na próxima quinzena possamos avaliar e avançar”, ressaltou.
Além disso o gestor falou sobre as medidas que devem ser adotadas nos próximos 15 dias na Grande João Pessoa e em todo o estado e ressaltou que também serão implementadas bandeiras para diferenciar o avanço da doença em cada cidade a fim de que as administrações locais possam se orientar com relação as medidas que devem ser implementadas.
CONFIRA
Já sobre as investigações dos órgãos de controle sobre compras feitas nesse período de pandemia o governador explicou que tudo está sendo acompanhado e publicado da forma mais transparente possível. Na ocasião ele citou a polêmica em torno da compra de respiradores.
“Houve duas tentativas de compra de respiradores, através do consórcio Nordeste, uma na China e que não houve a entrega e ocorreu o cancelamento da compra, uma outra compra na Alemanha e também não houve entrega e houve o cancelamento da compra. Os respiradores que nós temos hoje são respiradores que nós conseguimos remanejar dentro da rede e inspiradores que nós consertamos. 70 respiradores recebemos do Ministério da Saúde, tanto respiradores de transporte, como respiradores de UTI. Não tem essa preocupação com relação a isso”, informou.
O governador ressaltou que as transações do estado vão para o portal da transparência, o qual qualquer cidadão tem acesso. Além disso, ele falou sobre a criação de um comitê interno para tratar disso. Ele disse ainda que são ações como essa que colocam a Paraíba entre os 10 estados mais transparentes do país em relação aos gastos no per”Nós temos um site e todas as despesas são colocadas dentro daquele site e que é absolutamente transparente. Com relação à questão das medidas internas, nós criamos um comitê interno que é composto pela controladoria, pela secretaria da fazenda e pelos órgãos que fazem as compras para que cada compra, antes de ser finalizada, passe pela investigação. Com relação às empresas a secretaria da fazenda utiliza-se do seu cadastro para identificar isso, se essa empresa está formalmente legalizada, se não tem problema, se pode fornecer para o estado, para poder fechar a compra”, disse.
João relembrou que o momento é de calamidade pública e que isso deve ser levado em consideração.”Todas as medidas nós estamos tomando, entretanto, é importante entender que nós estamos no meio de uma calamidade, nós estamos tentando, muitas vezes, suprir uma deficiência rápida de um medicamento que falta, de um equipamento de EPI e que muitas vezes esse processo tem que ser feito por dispensa e é assim que nós vamos trabalhar, o foco é salvar vidas, as questões legais estão sendo tratados e os novos de controle estão à disposição, nós estamos à disposição para fornecer qualquer informação que for solicitada, não tem o menor problema com relação a isso, entretanto, o que nós quer queremos é, acima de tudo, manter o sistema funcionando”, ressaltou.
Ele deu mais detalhes sobre a questão da compra e manutenção dos respiradores para a criação de mais leitos no estado.”Apesar do pedido, alguns respiradores não foram entregues, diante da alta demanda no mundo inteiro e nós trabalhamos com o ministério da saúde, que está fazendo o captação desses inspiradores que nós adquirimos lá no começo. Essa formação atual gestão do ministério da Saúde repassou para Paraíba os respiradores que nós estamos implementando. Além disso nós fizemos um trabalho muito grande e recuperar inspiradores que estavam aqui dentro do próprio Estado com problema de manutenção. Fizemos planejamento dentro da rede para que a gente pudesse disponibilizar o maior número de leitos possível para a população, porque isso é o que nos interessa, salvar vidas, e é isso que nós estamos fazendo”, finalizou.
João ressaltou que um leito de UTI não é montado apenas com respiradores, mas com uma série de equipamentos. Além disso, ele deixou claro que algumas vezes discussões são levantadas por questão de informação, mas outras vezes por questões políticas e sua prioridade não é sua reeleição, mas salvar vidas.
“Muitas vezes as pessoas pensam que no leito de UTI é apenas o respirador, mas é um dos elementos para que a gente possa montar um leito. A discussão muitas vezes fica limitada, pequena, restrita. A questão dos respiradores talvez seja questão da informação, para outros, eu não tenho nenhuma, é para fazer com que o trabalho todo que está sendo feito pelo governo do estado não seja reconhecido publicamente. Mas eu tenho a consciência tranquila, eu não tenho a mínima preocupação com as eleições desse ano”, emendou.
PB Agora