Um tesouro escondido há séculos e uma nova descoberta arqueológica formidável. O novo sítio arqueológico foi descoberto recentemente pela equipe de professores do Laboratório de Arqueologia e Paleontologia da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), liderada pelo professor e arqueólogo Juvandi de Souza, no Sertão da Paraíba.
O sítio foi descoberto no município de Catolé do Rocha, e pode ser o maior complexo de sítios arqueológicos do estado. Em entrevista, o arqueólogo Juvandi de Souza Santos, revelou detalhes da expedição que resultou na descoberta.
Juvandi explicou que a equipe foi explorar uma área e ficou impressionada com a riqueza dos achados arqueológicos.
“Chegando lá nós achávamos que era um sítio normal com gravuras rupestres. Mas no entorno, nós percebemos uma grande quantidade de afloramentos rochosos. Nós vamos explorar a área, e na medida em que a gente ia avançando, começamos a observar que esses afloramentos rochosos, apresentavam gravuras rupestres” explicou.
O professor Juvandi, disse que a sua equipe tem um convênio com a Prefeitura de Catolé do Rocha, para realizar escavações e atividades de pesquisa no município, relacionada à arqueologia e paleontologia
Ele confirmou que o sítio está localizado ao longo de vários quilômetros que ainda precisarão ser mapeados. Segundo ele, são 4,6 km aproximadamente, mas a equipe acredita que a área com gravuras rupestres pode ser ainda maior. Em toda essa área, existe a presença desses vestígios, com gravuras rupestres”, destacou.
Antes dessa descoberta, os sítios arqueológicos de Pedra Branca e São Mamede eram considerados os maiores do estado, mas o professor acha que Catolé do Rocha vai passar as duas outras cidades nessa espécie de ranking.
“À medida que a gente ia avançando, nos deparamos com uma quantidade cada vez maior de gravuras rupestres. Trata-se de um complexo de incontáveis sítios arqueológicos”, comentou Juvandi, ao relembrar da primeira expedição feita ao local.
Para ele, se trata do maior sítio arqueológico de arte rupestre da Paraíba.
O arqueólogo explicou que muitos dos painéis com as gravuras estão apagados por conta do tempo. Ele acredita que o complexo tenha cerca de 4 a 5 mil anos aproximadamente.
O próximo passo, agora, é realizar uma segunda visita para mapear o local. Um trabalho lento, mas de importância incrível. Ele revelou que o levantamento começará a ser feito nos próximos dias 15 e 16 de setembro.
“É uma coisa formidável. A partir dessas descobertas, nós vamos conseguir reunir mais subsídios para contar a história de nossos antepassados. Principalmente de quem já vivia por aqui antes da chegada dos primeiros colonizadores”, comentou.
A área onde estão os sítios arqueológicos é uma propriedade privada, e os proprietários convivem com as gravuras rupestres, sem no entanto ter consciência do valor científico do local.
O professor disse que o complexo passou todo este tempo escondido, devido às pesquisas arqueológicas praticamente não existirem no Sertão.
“Só agora estamos começando a trabalhar algumas atividades de pesquisa nesta região.
Segundo o professor Juvandi, as pesquisas estão sendo realizadas em Catolé do Rocha, Brejo do Cruz, Serra Grande, e Sousa.
Esta semana, a equipe voltou ao Serão e ficou assustada com a quantidade de lixo existente em dois grandes sítios paleontológicos no localizado em Sousa. Ele também ficou impressionado com o estado de abondono em que se encontra os sítios.
“Dois grandes sítios paleontológicos na bacia sedimentar do Rio do Peixe, Sousa, Paraíba. Muita coisa destruída e muito lixo. Também encontramos dois magníficos sítios arqueológicos de arte rupestre em Brejo do Cruz, Paraíba” revelou.
A presença de civilizações antigas, animais e plantas que habitaram o planeta em tempos remotos, pode ser comprovada pela arqueologia. Segundo o professor Juvandi, na Paraíba existem 500 sítios arqueológicos, sendo a mais famosa, as Itacoatiaras do Ingá. Mas o professor estima que esse número pode chegar a uns 3 mil sítios no estado.
Entre os sítios estudados pela equipe do professor Juvandi, está o complexo localizado em Baraúnas. Este complexo é considerado muito importante para a arqueologia paraibana, tendo sido registrados 9 sítios, dentre eles, sítios com painéis de pinturas rupestres, sítios com gravuras e sítios com capsulares, tornando um Complexo Arqueológico muito atrativo para a visitação turística.
Doutor em História (Arqueologia), pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, ele atualmente é professor e também coordenador do Laboratório de Arqueologia e Paleontologia da Universidade Estadual da Paraíba – LABAP/UEPB.
Com 36 livros publicados, o professor e arqueólogo Juvandi de Souza, possui ampla experiência em pesquisa arqueológica, com ênfase ao estado da Paraíba.
Severino Lopes
PB Agora
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