A divulgação de áudios sobre uma suposta armação de maracutaia no núcleo do governo passado, vazados há três dias, deixou um mundo e meio de paraibanos perplexos e indignados. A repercussão é devastadora e promete, para esta semana que começa, provocar as primeiras baixas na equipe de primeiro escalão do governo João Azevedo. Os prováveis autores da lambança são remanescentes da gestão de Ricardo Coutinho, ex-governador e continuam na atual gestão por obra e graça do seu padrinho político.
O final de semana foi tenso nas hostes oficiais, e o início desta tende a ser mais ainda. É claro: o governador João Azevedo não está nem um pouco satisfeito em saber que auxiliares seus (gente que, provavelmente, nunca foi de sua escolha pessoal…) estejam lameando sua gestão como acusados de arquitetar fraudes em licitações. Não ha dúvida de que as vozes captadas da sigilosa reunião (bastante audíveis por sinal) são do secretário Waldson de Souza e do Procurador-Geral do Estado, Gilberto Carneiro.
Na noite deste domingo (10), uma fonte de bom trânsito na seara governista confidenciou à coluna que Waldson de Souza e Livânia Farias “estão por uma peinha de nada…”
Em tempo: Livânia não está nas gravações sigilosas, mas está na Operação Calvário, que investiga outro possível mar de corrupção, a da tal ORCRIM. “Ou eles pedem pra sair, ou serão saídos”, observou a fonte.
Mas vem cá, cara-pálida: por que só eles? E o procurador-geral do Estado fica? Por quê? Ele passou a ser tão acusado quanto os outros.
A essa altura cabem algumas perguntas: terá mesmo João Azevedo peito pra exonerar estes auxiliares da inteira confiança do seu antecessor? Se tiver, haveria Ricardo Coutinho concordado ou seria o início de um racha da cria com o criador?
Uma coisa é certa: ou o governador João Azevedo afasta esse povo, ou sua gestão estará sob suspeita de conivência, até prova em contrário.
Em tempo: a fonte acrescentou que Waldson estaria inclinado a deixar o governo para poupar-lhe de desconforto. Mas se não pedir o boné, será convidado a se retirar.
Livânia nao estaria disposta a deixar, mas seria deixada…
Será?!
Aguardemos.
Wellington Farias
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