Os bancários decidiram encerrar o movimento grevista e retornar ao trabalho na Paraíba. A informação foi confirmada na noite desta quarta-feira (13).
De acordo com informações oficiais, a decisão foi tomada durante assembleia geral da categoria, realizada na sede do Sindicato dos Bancários, localizado na avenida Beira Rio, nº 3100, no bairro de Tambauzinho.
A greve, que já durava 15 dias, foi considerada pela cúpula nacional do movimento paredista como a maior já registrada no país nos últimos 20 anos. Desta vez, os trabalhadores fecharam mais de 8.270 agências nos 26 estados e no Distrito Federal.
No resto do país, a proposta dos banqueiros foi aceita em quase todos os Estados, com exceção do Maranhão, segundo informações da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf).
A informação foi confirmada através de nota oficial enviada à imprensa conforme segue, na íntegra:
‘OS BANCÁRIOS DA REDE PRIVADA VOLTAM AO TRABALHO NESTA QUINTA-FEIRA, 14, GREVE CONTINUA NO BANCO DO BRASIL
(João Pessoa) Por unanimidade, na Assembleia Geral Extraordinária desta quarta-feira (13/10), os bancários da rede privada lotados nas agências localizadas na base do Sindicato dos Bancários da Paraíba acataram a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e voltam ao trabalho nesta quinta-feira, 14 de outubro.
Os funcionários do Banco do Brasil, por maioria decididira rejeitar a proposta e continuar em greve. (Vide propostas abaixo) E continuam em debate a proposta da Caixa Econômica Federal.
Eis as propostas:
PROPOSTA DA FENABAN (APROVADA):
– Reajuste de 7,5% (o que representa aumento real de 3,1%) para quem ganha até R$ 5.250.
– R$ 393,75 ou reajuste de 4,29% (inflação do período) para os salários superiores a R$ 5.250 – o que for mais vantajoso para os bancários.
– Reajuste de 16,33% (aumento real de 11,54%) nos pisos salariais, que ficariam assim:
– Portaria: R$ 870,84.
– Escritório: R$ 1.250,00.
– Caixa: R$ 1.709,00 (reajuste de 13,82%)
– PLR:
– Regra básica: 90% do salário mais R$ 1.100,80, com teto de R$ 7.181.
– Parcela adicional : 2% do lucro líquido distribuídos linearmente, com teto de R$ 2.400,00.
– Isso significa que na regra básica o reajuste é de 7,5% e na parcela adicional de 14,28%. Caso a distribuição do lucro líquido não atinja 5% com o pagamento da regra básica, os valores serão aumentados até chegar a 2,2 salários, com teto de R$ 15.798.
– Antecipação da PLR: 60% da regra básica mais 50% da parcela adicional até 10 dias corridos após a assinatura da Convenção Coletiva.
– Gratificação de caixa: R$ 311,67.
– Outras verbas de caixa após 90 dias: R$ 147,38.
– Adicional tempo de serviço: R$ 17,83.
– Gratificação de compensador de cheques: R$ 101,56.
– Auxílio-refeição: R$ 18,15.
– Auxílio-cesta alimentação: R$ 311,08.
– 13ª cesta-alimentação: 311,08.
– Auxílio-creche/babá: Reajuste de 7,5% com adequação à nova legislação sobre o ensino fundamental (6 anos de idade a partir de 2011), passando o valor para
R$ 261,33 por 71 meses. Haverá uma regra de transição para quem já recebe o auxílio, conforme a idade do filho, recebendo uma antecipação em parcelas pelo
valor que receberia por 83 meses.
– Auxílio-funeral: R$ 599,61.
– Ajuda deslocamento noturno: R$ 62,59.
– Indenização por morte/incapacidade decorrente de assalto: R$ 89.413,79.
– Requalificação profissional: R$ 893,63.
– Prevenção de conflitos no ambiente de trabalho, que inclui definição de mecanismos de combate ao assédio moral, a serem implementados mediante adesão
voluntária dos sindicatos e dos bancos por meio de acordo aditivo.
– Compensação dos dias parados no prazo entre a data da assinatura da Convenção Coletiva e 15 de dezembro de 2010, nos mesmos moldes do ano passado.
– Segurança bancária:
– No caso de assalto, atendimento médico ou psicológico logo após o ocorrido.
– O banco registrará BO em caso de assalto, tentativa e sequestro.
– Possibilidade de realocação para outra agência ao bancário vítima de sequestro.
– Apresentação semestral de estatísticas nacionais sobre assaltos e ataques na Comissão Bipartite de Segurança Bancária.
PROPOSTA DO BANCO DO BRASIL (REJEITADA):
1) Reajuste salarial de 7,5% sobre todas as verbas salariais (SEM o teto de R$ 5.250,00 da Fenaban).
2) Elevação do piso salarial para R$ 1.600,00, o que representa um aumento real de 8,71%, com correção de todo o PCS.
3) Implantação da Carreira de Mérito do Plano de Carreiras e Remuneração (PCR), retroagindo seus efeitos ao ano de 2006. Essa cláusula já é uma conquista
do PCCS. Clique aqui e saiba por que .
4) Alteração da IN 369 em seu item 1.16.4.2, aumentando de um (01) para três (03) ciclos negativos a quantidade de avaliação necessária para efeito de
descomissionamento por desempenho.
5) Considerar o tempo de exercício na função de Atendente B nas Centrais de Atendimento, quando da promoção para Atendente A, no que diz respeito ao
cumprimento da trava de dois anos.
6) Aplicação de interstício de 3% nas promoções do PCS no VCPI dos funcionários incorporados.
7) Pagamento de compensação pelo fim do benefício da Gratificação Variável existente anteriormente no Banco Nossa Caixa. O montante a ser dividido entre
esses funcionários será equivalente a aplicação do mesmo por 5 anos.
8) PLR que contempla 17 mil novos funcionários em relação ao ano anterior, com s seguintes parâmetros:
– NRF Especial – 3,0 salários
– NRF 01 e 02 – 3,0 salários
– NRF 3 – 2,3 salários
– Primeiros Gestores Rede – 1,85 salários
– Primeiros Gestores Demais – 1,85 salários
– Demais Gestores Rede – 1,57 salários
– Demais Gestores BB – 1,57 salários
– Analistas e Assessores NRF 04 – 1,57 salários
– Gerência Média Rede – 1,55 salários
– Demais Gerências Médias – 1,55 salários
– Analistas e Assessores NRF 05 e 06 – 1,50 salários
– Demais Comissionados – 1,47 salários
– Escriturários – R$ 3.118,08
– Caixas Executivos – R$ 3.434,99.
Do Sindicado dos Bancários da Paraíba’
Da redação do Portal Correio com Sindicato dos Bancários