Barbárie de Queimadas: relembre cronologia e investigação do crime

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Um estupro coletivo planejado contra cinco mulheres em uma festa de aniversário resultou na morte de duas delas, na madrugada do dia 12 de fevereiro de 2012, em Queimadas, no Agreste da Paraíba. O caso foi tema do Linha Direta desta quinta-feira (11).
Onze anos depois do crime que causou indignação nacional e ficou conhecido como ‘Barbárie de Queimadas’, o mentor da ação, Eduardo dos Santos Pereira, condenado a 108 anos de prisão, está foragido desde 2020, após fugir do presídio pela porta lateral.

A cidade de Queimadas entrou no mapa em fevereiro de 2012. Ficou marcada para sempre por uma barbárie que matou duas mulheres e vitimou outras tantas – as que estavam na festa e as que vivem o medo diário de ser mulher.
Ao todo, sete homens foram presos e três adolescentes apreendidos, todos suspeitos de envolvimento no crime.

Em outubro de 2012, em 107 páginas de sentença a juíza Flávia Baptista Rocha decidiu pela condenação dos seis homens julgados pelo caso. Os seis réus foram sentenciados pelos crimes de cárcere privado, formação de quadrilha e estupro, entre eles Luciano dos Santos, um dos organizadores da festa. Ele foi condenado a 44 anos de reclusão, pelo estupro de quatro mulheres e participação em mais um abuso sexual.

Fernando de França Silva Júnior, vulgo ‘Papadinha’, foi condenado a 30 anos de prisão, por estuprar uma vítima e colaborar para a violência sexual de outras quatro. Jacó Sousa foi sentenciado a 30 anos de reclusão, por estuprar duas mulheres e participar no abuso das outras três vítimas. Ele foi morto a tiros em 2020, quando estava em liberdade condicional.

Luan Barbosa Cassimiro deve cumprir 27 anos de reclusão, pela violência sexual praticada contra uma vítima e participação no estupro das quatro demais. José Jardel Sousa Araújo foi condenado a 27 anos e Diego Rêgo Domingues a 26 anos e seis meses de reclusão. Ambos participaram dos cinco estupros. Diego saiu para o semiaberto em 2018.

Já Eduardo dos Santos foi à júri popular. Após 19 horas de julgamento, apontado como o mentor da ‘Barbárie de Queimadas’, Eduardo foi condenado a 108 anos e dois meses de prisão. Ele foi considerado culpado por dois homicídios, formação de quadrilha, cárcere privado, corrupção de menores e porte ilegal de arma, além dos cinco estupros. Por estes crimes, ele foi condenado a 106 anos e 4 meses de reclusão. Além disso, ele recebeu uma pena de 1 ano e 10 meses de detenção pelo crime de lesão corporal de um dos adolescentes envolvidos no crime. Ele foi encaminhado à Penitenciária de Segurança Máxima Doutor Romeu Gonçalves de Abrantes de João Pessoa, conhecida como PB1.
Os três adolescentes envolvidos no crime também foram julgados a medidas socioeducativas.

Caso é reaberto
Eduardo dos Santos Pereira fugiu da Penitenciária de Segurança Máxima Doutor Romeu Gonçalves de Abrantes de João Pessoa no dia 17 de novembro de 2020. De acordo com o então secretário executivo da Administração Penitenciária, João Paulo Barros, a fuga aconteceu entre 19h e 20h. O preso fugiu pela porta lateral que dá acesso ao almoxarifado.

De acordo com a atual delegada-geral adjunta da Polícia Civil, Cassandra Duarte, há um mandado de prisão expedido contra Eduardo dos Santos desde a fuga. “Toda as agências têm essa informação e a Polícia Civil da Paraíba trabalha nessa perspectiva para tentar prendê-lo”, explica a delegada.
Cassandra Duarte ainda explicou que foi feita uma solicitação para a inclusão do nome de Eduardo dos Santos Pereira na lista de procurador da Interpol. Até esta quarta-feira (10), o nome do acusado ainda não havia sido incluído.

G1

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