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PF bloqueia mais de R$ 15 milhões em contas de pessoas ligadas à Braiscompany

A Polícia Federal (PF) bloqueou aproximadamente R$ 15,3 milhões em contas de pessoas ligadas à Braiscompany. O valor está em exchanges, locais onde os investimentos em criptomoedas são realizados. No entanto o valor total que está bloqueado devido a operação Halving poderá ser superior a este número, já que de acordo com a Polícia Federal os valores bloqueados no chamado ‘sistema financeiro tradicional’ ainda estão sendo levantados.

Segundo a PF, os valores foram bloquados junto a exchanges, plataformas digitais utilizadas para compra, venda, troca e armazenamento de criptomoedas.
Na semana passada, o Tribunal de Justiça da Paraíba já havia determinado o bloqueio de R$ 45,1 milhões em contas bancárias da Braiscompany e dos sócios Antônio Inácio da Silva Neto e Fabrícia Farias Campos.

A Halving foi iniciada há uma semana por meio de ação conjunta entre a PF e o Ministério Público Federal (MPF). O objetivo é combater crimes contra o sistema financeiro e o mercado de capitais, em tese cometidos por pessoas ligadas a uma empresa especializada em criptoativos. Os mandados foram expedidos pela 4ª Vara da Justiça Federal em Campina Grande (PB).

De acordo com as investigações, nos últimos quatro anos foram movimentados valores equivalentes a aproximadamente R$ 1,5 bilhão em criptoativos em contas vinculadas aos investigados. Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão nos municípios de João Pessoa, Campina Grande (PB) e São Paulo (SP), dois mandados de prisão temporária, além de sequestro de bens e a determinação da suspensão parcial das atividades da empresa investigada. Os crimes investigados são os previstos nos artigos 7 e 16 da Lei nº 7492/86.

A Operação Halving investiga crimes contra o sistema financeiro e contra o mercado de capitais. A crise na Braiscompany se tornou pública depois que clientes denunciaram atrasos no pagamento mensal de valores previstos nos contratos de investimento. Investigações apontam que nos últimos 4 anos foram movimentados valores equivalentes a aproximadamente R$ 1,5 bilhão em criptoativos, em contas vinculadas aos suspeitos.

Os crimes investigados na Operação Halving são previstos na lei que define os crimes contra o sistema financeiro nacional e suas penas, se somadas, ultrapassam 12 anos de reclusão, além do pagamento de multa.

A Polícia Federal informou que dois alvos de mandados de prisão temporária são considerados foragidos. Seriam eles o empresário e CEO da Braiscompany, Antônio Inácio da Silva Neto, também conhecido como Antônio Neto Ais, e a esposa e sócia da empresa, Fabrícia Farias Campos, conhecida como Fabrícia Ais.

Redação

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