O encontro histórico das águas do Rio Paraíba com o rio Taperoá e um grande aporte hídrico no açude Epitácio Pessoa em Boqueirão. As últimas chuvas caídas na Paraíba, mudou a paisagem do Cariri paraibano. O açude Epitácio Pessoa em Boqueirão, ultrapassou a marca dos 90 milhões de metros cúbicos de água acumulada e está com mais de 22% de sua total capacidade de armazenamento.
Em três dias, o açude recebeu uma recarga de 15 milhões de metros cúbicos. As águas vieram apenas das chuvas, visto que o bombeamento das águas da transposição do Rio São Francisco, está temporariamente suspenso. Foi uma das maiores recargas da história do açude responsável por abastecer Campina Grande e mais de 18 municípios do Compartamento da Borborema. A manancial chegou a entrar em colapso e a menos de um ano, estava com menos de 3% de sua capacidade tendo atingido o volume “morto”.
Segundo dados oficiais do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), e da Agência Executiva da Gestão das Águas (AESA), nesta segunda-feira (09), o Açude Epitácio se encontrava com um volume de 90.537.373 m3 (22,0%).
Já a lâmina d’água (10,85 m), corresponde a um aporte hídrico de 78.563.313 m3. De ontem, domingo (08), para hoje, houve um aumento de 27 cm na lâmina que representa 3.492.505 m3.
No sábado (07) o açude Epitácio Pessoa (Boqueirão), teve um aumento de 27 centímetros no nível da água, Segundo o Dnocs, Boqueirão amanheceu no sábado com mais de 74 milhões de m³ de água, o que correspondia a 18% da sua capacidade total. Devido a continuidade das chuvas, a lâmina de água subiu para os 22%. O açude está a menos de 80% para sangrar.
Construído pelo DNOCS, o açude de Boqueirão tem capacidade para armazenar 411,686 milhões de metros cúbicos de água,
O açude tem um hist´roico de sangrias maravilhosas e também de secas terríveis. Desde a inauguração ele sangrou 18 vezes, nos anos de 1967, 1968, 1973, 1974, 1975, 1976, 1978, 198, 1984, 1985, 1986 e 1989. Depois ele passou 15 anos sem sangrar.
Em 28 de dezembro de 1999, o manancial atingiu um dos piores nívéis de sua história, antes da seca do ano passado, chegando ao nível de 14%. Os dias de preocupação acabaram da época cessaram em 1º de fevereiro de 2004 voltou a atingir o nível máximo. As outras novas sangrias ocorreram em 2005, 2006, 2008, 2009 e 2011”, contou o especialista em recursos hídricos Isnaldo Cãndido.Quando o açude de Boqueirão sangrou pela última vez, em 2011, ele teve a melhor fase de sua história. Segundo os dados da Aesa, ele passou 202 dias transbordando água sem parar. A sangria começou no dia 6 de março de 2011 e só parou no dia 22 de setembro daquele ano.
Severino Lopes
PB Agora