Apesar de integrar o bloco que faz oposição ao Governo da Paraíba, o prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (PSD), descartou, durante entrevista nesta sexta-feira (03), qualquer possibilidade de se alinhar a Veneziano (MDB) ou até mesmo a Ricardo Coutinho (PT) para derrotar João Azevêdo (Cidadania), nas eleições de 2022.
Segundo o gestor, a coerência não permite que grupos tão antagônicos se unam no afã de enfrentar uma eleição estadual
“A coerência não permite. Dizem que na política tudo é possível, até vaca voa, mas de uma eleição nem só se ganha nem só se perde. A vida é muito mais que ganhar ou perder. Não se pode vender a alma, não se pode deixar de lado a coerência em nome de uma composição, por exemplo, que reúna bolsonaristas, lulistas, todos em um mesmo palanque no afã de enfrentar uma eleição estadual. De uma eleição o resultado é muito maior do que ganhar e perder. Você pode ganhar perdendo, e pode perder ganhando. Então o importante é se ter coerência e essa mesma coerência, ao meu ver, dificulta e impede uma grande união que evolva Ricardo Coutinho, Veneziano Vital, Walber Virgolino, Bruno e Pedro Cunha Lima, até porque é necessário dar ao estado opções de escolha, cada um representando seu campo”, disse.
Para Bruno, a postura de alguns políticos que uma hora criticam, outra hora elogiam, e depois voltam a criticar, fazendo composições sem critérios é o que descredencia a classe política.
“A classe política é descredibilizada no país por falta dessa coerência que hoje se crítica, amanhã se elogia, depois da amanhã se crítica de novo ao sabor do vento e das circunstancias do momento. Quem vive de oportunidade não tem perspectiva de futuro. A lei admite coisas que a moral abomina. Às vezes o jogo da política admite coisas que a coerência não admite”, ressaltou.
Sobre um eventual apoio ao nome do senador Veneziano na disputa pelo Governo da Paraíba caso o emedebista rompa com o governador, Bruno mais uma vez alertou para incoerência e lembrou que se não julgou o grupo de Veneziano bom para Campina, em 2020, seria falta de coerência julgá-lo como bom para o Estado, em 2022. “Não faz parte do meu interesse apoiá-lo”, arrematou. As declarações de Bruno repercutiram em entrevista ao programa Arapuan Verdade.
PB Agora
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