É sempre assim: quando o malfeitor é um pobre e desvalido, o seu nome aparece em manchetes garrafais; as suas imagens em situações humilhantes batem o mundo, seja nas telas de TV, nas mídias sociais ou no restinho dos jornais impressos que ainda resistem.
É humilhação com força, geralmente sob o consentimento ilegal da autoridade policial que, em alguns casos, pensa que todos os seus problemas serão resolvidos com a humilhação daquele que já está sob a sua responsabilidade.
O caso
Pois bem: na manhã desta terça-feira (14), um delegado e advogados foram presos, durante a Operação Fianza, deflagrada para cumprir mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão na comarca de Teixeira.
A notícia foi dada em tudo que é veículo de comunicação, como também nas mídias sociais.
Tudo muito bem, tudo muito bom. Notícias, manchetes etc e tal.
Sim, mas cadê o nome dos malfeitores, pelo menos mencionado nos textos? Quem é o delegado que foi preso? E os ilustres advogados, quem são?
Ninguém sabe, ninguém viu… Os nomes não foram revelados, estão sob sete capas, sigilo total. Um sigilo que, por sinal, denota cumplicidade com as ações dos supostos malfeitores.
Por quê? Ora, porque não são pobres desvalidos de tudo. Tem quem os proteja, independente dos seus graus de periculosidade.
Se fossem pobres, tinham levado cacete com força; apareceriam nas mídias com a cara inchada de tanto apanhar, e ficaria tudo por isso esmo.
Machismo
O machismo impera no reinado da música de mau gosto no Brasil. Depois do DJ Ivis ser preso por agressão à mulher, agora foi a vez do cantor Ávine Vinny.
Esta prisão também se deu em Fortaleza. O artista ameaçou a ex-mulher, Laís Holanda, e terminou se dando mal.
Ele foi encaminhado para a Delegacia da Mulher, na capital cearense.
No final da tarde, noticiou-se que a ex-mulher retirou a queixa, mas o caba continuou enjaulado.
Bem feito!