A Secretaria de Saúde da Prefeitura de Campina Grande está utilizando mais uma estratégia para combater o mosquito Aedes aegypti. Os Agentes de Combate às Endemias (ACEs) aplicam peixes da espécie piaba em grandes reservatórios com o objetivo de eliminar as larvas do mosquito.
No mês de março foram distribuídos 1.524 peixes da espécie em residências da cidade. Os peixes são colocados em cisternas, caixas d’água, piscinas desativadas e em propriedades com reservatórios abandonados. Os proprietários das casas ficam responsáveis por alimentar os animais.
“Colocando farelo de pão, por exemplo, é possível fazer a manutenção das piabas e isto faz com que elas se reproduzam. Caso a fêmea do mosquito Aedes aegypti deposite seus ovos no reservatórios, quando as larvas eclodem, as piabas se alimentam das larvas e impedem que novos mosquitos se desenvolvam”, explicou o gerente de Vigilância Ambiental, Hércules Lafite. O trabalho é desenvolvido em parceria com o Centro de Ciências Agrárias, campus Areia, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), que disponibiliza os avelinos.
As ações fazem parte da campanha “Em Campina, Mosquito não se cria”. No segundo Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), divulgado nesta semana, a cidade apresentou resultado de 4,5%, o que é considerado alto. Contudo, as ações preventivas demonstraram controlar a situação epidemiológica, já que o índice esperado era ainda maior em função das chuvas e das altas temperaturas neste período.
No primeiro trimestre de 2024 foram notificados 1.099 casos de dengue em Campina Grande, sendo 41 confirmados e com um óbito registrado. Foram notificados ainda 500 casos de Chikungunya e 21 foram confirmados e 271 de Zika, com apenas um já confirmado.